quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A VISÃO COSMOCÊNTRICA



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VISÃO COSMOCÊNTRICA VERSUS CIÊNCIAS HUMANAS (VISÃO ANTROPOCÊNTRICA)

DIAGRAMAS QUE ENTRAM NESTE TEXTO:
Árvore sefirótica
Eras zodiacais
Escala do sistema planetário
Escala electro-magnética
Os 7 corpos
Psicostasia
Reestruturação topológica da alquimia alimentar
Sistema piramidal

Tudo o resto é livresco...

PALAVRAS DE REMISSA PARA GLOSSÁRIO ESSENCIAL:
Adn
amor,
anjo
arcanjo
buda
canal cósmico
corpo astral
corpo mental
cosmocêntrico
era do aquário
escala
espírito
iniciação
morte
paradigma
pirâmide
psicostasia
sefiroth
teocracia

3/Maio/1993 - 1 - Estamos hoje à entrada da era cosmocêntrica, com o início da ERA DO AQUÁRIO e, em 26/Agosto/1983, a viragem do canal cósmico. Para trás, perspectivadas na sua relatividade, ficam as visões heliocêntrica, antropocêntrica e geocêntrica, em que se consumiu praticamente a história das ideologias europeias.
Há, de facto, com a visão cosmocêntrica, uma alteração de escala, de paradigma - na forma como podemos enfrentar hoje, à luz da radiestesia alquímica, os mistérios da existência, para melhor os interpretar e utilizar em benefício dos seres humanos. Que, até agora, - com as visões parciais, quer geo, quer antropo, quer heliocêntrica - se encontrava cortada das suas raízes cósmicas. Do universo.
[ver diagrama: a grande batalha ]
2 - Os antropólogos e sociólogos do Mito são professores de natação que nunca mergulham na água, seja água de oceano ou de piscina. Ora do que se trata, hoje, para superar a maldição de uma época maldita - a que a tradição hindu chamou Kali Yuga ou Idade do ferro - é de mergulhar, mesmo sem saber nadar: trata-se de aprender a nadar, nadando.
[ ver diagrama: eras zodiacais ]
Ou seja: com o advento da Era Cosmocêntrica, a 26 de Agosto de 1983, a Iniciação precede a Ilustração teórica, o deslinde dialéctico. A morte precede a vida, nas prioridades do universo. E a «experiência de estar vivo» só se vive quando se passa pela primeira, segunda ou terceira morte iniciática (psicostasia).
[ver diagrama: psicostasia]
Essa é a distância que separa toda a retórica científica em geral e antropológica ou etnológica em particular da démarche iniciática da radiestesia alquímica. Não é mais uma lombada nas nossas estantes, ou mais uma rubrica no exame da Universidade, não é mais um autor na nossa bibliografia de estimação mas a maneira como dar a primeira braçada para aprender a nadar. Chama-se a isto «experiência de estar vivo»: quer dizer, pressentir que a vida existe antes e depois do que, limitadamente, se chama «estar vivo». Chama-se a isto relativizar no seu nada de efemeridade este breve período de ilusões, face à realidade imensa e profunda das duas eternidades, essa realidade profunda que se esconde sob a palavra morte. Da qual palavra, os antropólogos vão debitando sub-palavras como Mito, Símbolo, Sonho, Sagrado, Inconsciente, Sagrado, Deus, eufemismos da única palavra que continua viva: e que é a palavra Morte.
3 - Por mais longe que a Antropologia vá na análise do Sagrado, do Mito, do Símbolo, do Sonho, do Inconsciente, etc, é sempre, por natureza, uma démarche teórica e especulativa, jamais vivencial ou existencial. Jamais iniciática. Há exagero, portanto, do jornalista entrevistador de Campbell, quando fala na «experiência de estar vivo». O que ele deveria dizer é «experiência de julgar que se está vivo». Na melhor das hipóteses, é o estado místico o que a Antropologia consegue despertar, na auto-limitada cultura ocidental, de onde a dimensão cósmica foi de raiz erradicada. As nossa raízes estão no Céu, como mostra a árvore dos sefiroth,
[ver diagrama: árvore sefirótica]
e é isso que falta à Antropologia (e à experiência mística), que, como todas as ciências humanas, não compreende o que a ultrapassa. Sefiroth tem as raízes invertidas. Deste símbolo se deve retirar todas as consequências. A cultura, a literatura ou a experiência mística continuam, como a planta e o animal, com as raízes na terra. O corpo etérico é o Vegetal e o CORPO ASTRAL é o Animal, mas só o corpo mental já é humano. De baixo para cima, ficam ainda, depois do corpo, o anjo (corpo causal), o arcanjo (alma espiritual) e a alma divina ( espírito de Buda).
[ Ver diagrama : os 7 corpos ]
4 - Quando, em radiestesia alquímica, se fala de buda, para designar um nível máximo de elevação vibratória, servimo-nos de palavra consagrada na tradição budista, sem ter que aceitar todos os princípios e pressupostos do budismo. Quando o Ser atinge a realização de todas as suas potencialidades vibratórias, dizemos que vibra na frequência BUDA. Abaixo dessa frequência dizemos que vibra Alma Espiritual (Arcanjo), depois Corpo Causal (Anjo) - níveis vibratórios intermédios entre o Corpo e o Espírito.
[ver diagrama: os 7 corpos ]
Não será a primeira nem a última vez que a radiestesia utiliza termos das tradições religiosas estudadas pelo historiador ou pelo antropólogo, sem que isso signifique prender-se às respectivas ortodoxias. Mas também sem ecletismo. Mais do que números, traduzindo as frequências vibratórias dos diversos níveis energéticos, era necessário encontrar Nomes que significassem o que se pretende, em radiestesia, significar, quando e sempre que se fala de energia. Palavra vaga e abstracta antes de a radiestesia aparecer.
6 - Os conceitos analisados pela Antropologia movem-se no circuito meramente lógico, psicológico, literário e/ou cultural. Antropocêntrico, em suma. Apenas antropocêntrico. Os conceitos de Arquétipo, Inconsciente Colectivo, Símbolo, Metáfora, Lenda, Mito, Ritual, Modelo, Herói, etc, andam necessariamente cingidos à dimensão psíquica, mas a sua vivência integrada não se pode dar apenas a esse nível psíquico, ainda que esse psíquico se tenha alargado, com Jung, ao inconsciente colectivo. Para integrar na existência a Essência da existência, é necessário que a célula - e nem só o circuito cerebral - todos os 600 biliões de células entrem em movimento orientado para o mesmo objectivo, o que se chama de alquimia molecular.
[ver diagrama: reestruturação topológica da alquimia celular ]
Entre os místicos, falar-se-á de Oração, por exemplo, de Meditação, de Contemplação, mas nada disso chega ao ADN. Tudo isso é ainda, apenas, o Estado Místico. Para passar do Estado Místico ao Movimento de Iniciação é preciso desencadear ritmos e mecanismos estruturais não só psíquicos, não só mentais, não só afectivos, não só oníricos, mas existenciais. Energéticos em sentido lato. E de informação vibratória, em sentido estrito.
7 - O discurso antropocêntrico do antropólogo leva, na ordem política, à democracia. O discurso cosmocêntrico da radiestesia alquímica leva à teocracia do Egipto faraónico (sistema piramidal) ou à teocracia do tibete budista. O discurso geocêntrico leva à redescoberta um tanto saloia da Terra como Gaia, ou terra como ser vivo, evidência ululante que só um total desenraizamento das origens telúricas (tanto como cósmicas) do ser humano pode ter levado a perder. A consciência humana, desde que não esteja pervertida, concebe a Terra como um ser Vivo. O discurso geocêntrico leva ao ecologismo planetarista, uma outra ululante e óbvia evidência.
[ver diagrama: sistema planetário ]
Sempre tive, aliás, ao longo destes anos de elementar convívio com a evidência ecológica, a noção de andar numa perfeita e completa lapalissada. E várias vezes relembrei a exclamação de Friederich Durrenmat: «Que triste tempo este nosso em que é preciso lutar pelas evidências!». Há em tudo isto, inclusive nos ecologistas de fresca data, um certo ar saloio e pacóvio de quem descobre a pólvora depois de ter andado anos com ela debaixo do cu sem a ver. O discurso da medicina científica quando descobre, hoje, o que as medicinas naturais já tinham descoberto há anos ou há séculos, mais do que saloio é a completa e perfeita pacoviada. Toda as ciências humanas, aliás, incluindo a Antropologia do sr. Campbell, é uma desfilada de pacoviadas com ar de coisas profundas e extremamente inteligentes.
8 - As tentações e armadilhas são bem claras no campo da Antropologia em particular e das ciências humanas em geral. Tentações e armadilhas a que, em Radiestesia, se chama, «alimentar MAGA».
[ver diagrama: a grande batalha das forças opostas e complementares]
Os «aggiornamentos», tipo equilibrista na corda bamba, de certos cientistas como Fritjof Capra, Campbell, Carl Sagan, Mircea Eliade, especialmente dos antropologistas que se debruçaram sobre o «fundo religioso» do ser humano, são um espectáculo bastante degradante. Depois de exilar o Mito à martelada, a ciência - ideologia oficial do Ocidente tecnológico - volta a descobri-lo e a vangloriar-se de que descobriu a pólvora. É a tecnocracia do Invisível. São os tecnocratas de Deus. Umberto Ecco conseguiu vender ao Mercado esse produto em forma de ficção. E foi, claro, best seller. Essa tecnocracia tem os seus cineastas: Spielberg, Lucas, and so on. Em radiestesia, chama-se a estes equívocos todos «alimentar o MAGA». Fazem-se filmes e séries para a televisão sobre o que a ciência primeiro matou e agora, com júbilo saloio, recupera (mal). Escritores seguem as mesmas pisadas. Aliás os escritores seguem sempre pisadas. Críticos decretam primeiro, em nome da ideologia, que é proibido ao poeta explorar o Mito. Mas depois são eles a ganhar prémios da APE quando redescobrem o Mito com o ar, sempre, de quem descobre a Pólvora. Toda esta tecnocracia visa talvez recobrar a imagem de marca de uma ciência que obviamente se degradou e cujas tripas podres começam a ficar suficientemente à mostra. Instituições como a NASA precisam de cientistas como Campbell (que dá entrevistas à TV), precisam de cientistas como Carl Sagan, precisam de cientistas como James Lovell. Ensinam o Mito em Universidades onde se processou sumariamente, ao longo dos séculos, tudo o que cheirasse a mito, símbolo, fundo religioso, etc. São os indisciplinadores de Alma do tempo do Vídeo, da Electrónica, da Aldeia Global. E rezam principalmente às leis do Marketing e não, obviamente, às leis cósmicas. Quando a coisa esquenta, inventam a palavra Holística, repescada da Astrologia medieval europeia, para que a ciência volte a ter um sentido humanista (antropocêntrico), a que se chama então, com todo o descaramento, «universal», para que a ciência cative pela Carícia o que espezinhou no dia anterior com a bota da ditadura dita racional. A Holística inventa, inclusive, um autor - James Lovell - que recria o mito da terra como Gaia, como ser vivo, tese que, paradoxalmente mas não por acaso, desde logo subsidiada pelas companhias petrolíferas, permite acabar de liquidar a vida macroscópica (incluindo os tão queridos mamíferos dos antropocêntricos), porque garante - diz o autor - a imortalidade da vida microscópica (algas e etc.)
9 - O símbolo da montanha, um dos que são apontados pelo antropologista, apenas substitui a realidade pirâmide, nas culturas profanas que desconhecem esta herança do Antigo Egipto.
[ver diagrama: pirâmides ]
Mas energeticamente é um tosco simulacro da pirâmide, realidade imóvel e eterna. A Montanha aceita da Natureza - da terra, da geologia, do telúrico - o que a Pirâmide recebe do Céu. A montanha imita, não é. A pirâmide não imita, é. Por isso se diz que o ESPÍRITO É. Não tem estado, é. Na Terra, só podemos ter estados e não o ser.
10 - Numa primeira abordagem, e em linguagem vibratória, a tradução da palavra AMOR é «conciliação dos contrários».
[ver diagrama: esfinge e mensagem da esfinge ]
Amar não é amar o que nos vai de feição, mas o que é desafeiçoado. O oposto. O conflitual. O desagradável. Diz-se que é por «alquimia interior» que se transmutam os contrários. É uma das démarches que tornam a Radiestesia um longo e árduo caminho. Lembre-se que a Esfinge, enigmaticamente, fala em amar seis vezes. O que só vivencial, existencial e iniciaticamente se poderá compreender. As grandes palavras que deram Mitos só vivencial, existencial e iniciaticamente se podem compreender. Tudo o resto é livresco.
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Breve bibliografia:
«A Linguagem esquecida» - Erich Fromm
«O Sagrado e o Profano» - Mircea Eliade
«O Poder do Mito» - Harold Campbell
«As Estruturas Antropológicas do Imaginário» - Gilbert Durand♫

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