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TÉCNICAS HOLÍSTICAS E ENERGIAS VIBRATÓRIAS
Lisboa, 12/9/1993 (Palestra na Sociedade Portuguesa de Naturologia) - O estudo da terapêutica floral levantou-me várias questões, algumas das quais consegui resolver por mim próprio e outras que continuam em aberto. Entre as que estão por resolver, cito as seguintes:
1 - A terapêutica floral visa, clara e ostensivamente, alterar não só os estados de consciência, mas a própria personalidade do ser humano, a pretexto de o curar: até que ponto isso é legítimo? E até que ponto se trata de uma técnica manipulatória? Questão intrinsecamente ligada a esta e que também ainda não consegui resolver, é a do «temperamento dominante», noção utilizada por Eliane Ganem, no seu livro «Os Florais do Dr. Bach e o Eneagrama» e que significa a definição do carácter de cada pessoa. A verdade é que, dos 9 tipos propostos por Eliane Ganem, ficamos sempre com a impressão, em saldo final, de pertencer a eles todos... Mais ou menos acentuados, acabamos por reconhecer sinais e sintomas de todos os tipos no nosso. Há, pois, que eleger os que são verdadeiramente característicos, os predominantes, os que definem a tal «compulsão inicial» em que fala Eliane Ganem. Há que distinguir o essencial do acessório, ficando com aquele e menosprezando este, démarche igualmente difícil de resolver.
2 - As ligações dos remédios florais a várias áreas da área holística, torna esta técnica crucial: ela tem ligações com a Biotipologia, com o inconsciente colectivo de Carl Gustav Jung (1875-1961), com todas as terapias vibratórias. E tem ligações com o holo-diagnóstico por um lado e com a holoterapêutica por outro. Um dos aspectos que considero fascinante, na terapia floral, é a sua adaptação às técnicas de radiestesia. Tal como a Homeopatia das altas diluições, tal como a Oligoterapia (ou metaloterapia), tal como a Cromoterapia ou terapia pelas Cores, tudo se pode resolver pela mais simples técnica que existe: a do toque vibratório. Assim como eu posso, sem tomar Iodo, fazer terapia vibratória do Iodo através do simples toque ( sobre a própria substância ou, na impossibilidade desta, na própria palavra Iodo) assim também, por contacto digital com os 38 remédios florais, eu posso, economicamente, sem gastar muito dinheiro, obter os efeitos, com mais segurança e talvez mais eficácia, do que ingerindo os próprios remédios florais.
3 - A terapêutica floral encoraja aqui na Sociedade Portuguesa de Naturologia a formação de um grupo de terapêuticas vibratórias, o qual se dedique a duas tarefas principais:
a) A elaboração de fichas com o perfil holístico (de diagnóstico) de cada pessoa e seus familiares e amigos;
b) A investigação e pesquisa das 5 terapêuticas vibratórias, que são o futuro da Medicina, da Humanidade e da própria vida no Planeta. São essas terapias, pela ordem de prioridades no seu estudo e aplicação:
- Radiestesia Alquímica
- Cromoterapia
- Metaloterapia
- Floralterapia do Dr. Bach
- Homeopatia
De registar é que, de todas estas terapêuticas, a Floral é a que mais abertamente se assume como técnica transformadora de consciência. E que, por aí, ela serve também de porta aberta ao fascinante estudo das matérias e práticas capitais para o futuro da Medicina, da Humanidade e da própria Vida no Planeta Terra, tudo o que respeita à própria bioquímica do cérebro:
a) Os alucinogénicos como transformadores de consciência
b) A passagem para o mundo da Luz e da Eternidade (a Vida a que normalmente se chama Morte)
c) A «cura quântica» de raiz aiurvédica, hoje assumida pela técnica da Meditação Transcendental
4 - O ponto 4 desta minha carta é uma homenagem ao Dr. António Cardoso e a uma das intuições que ele ajudou e foi dos primeiros a despertar. Refiro-me à Bioquímica em geral e à bioquímica do cérebro em particular. Se quiséssemos escolher uma das ciências que está na encruzilhada dos velhos com os novos tempos, a disciplina científica que serve de placa giratória ao trabalho mais antigo (alquímico) e ao trabalho de vanguarda (a Radiestesia), seria a Bioquímica que deveríamos eleger. Deepak Chopra, no seu livro «Cura Quântica» alude constantemente a conceitos de Bioquímica, pois as maiores descobertas no campo da energética cerebral têm sido feitas pela bioquímica e é na zona profunda da bioquímica molecular - o ADN - que vamos encontrar o segredo de todos os segredos, o mistério de todos os mistérios: a informação que passa, a informação que estagna, a informação que vem do princípio dos tempos e que vai para o fim dos tempos. Dada a pouca reverência que me apetece sempre ter em relação à ciência moderna - mãe de todas as destruições - que considero um flagelo e, na maior parte dos casos, um crime perpétuo contra a alma humana, peço para que levem em consideração esta excepção que decidi momentaneamente abrir: uma palavra de gratidão à Bioquímica e ao Dr. Cardoso, que foi a primeira pessoa a fazer-me sentir a importância da Bioquímica no abrir do 3º Milénio e da Nova Idade de Ouro, logo no abrir da Terceira Visão e do 6º sentido.
5 - Sobre o Iodo e sua específica função sobre a tiróide, a questão não é tão linear como pode parecer. Se o sintoma é de carência, a tendência do terapeuta será para administrar Iodo em doses ponderais ou biológicas. A tendência do terapeuta que ainda vê as coisas de baixo para cima será para recomendar iodo sob a forma de oligoelemento. Mas essa terapia pode ser um fracasso sem que ninguém compreenda porquê. A explicação pode estar, no entanto, um pouco mais fundo e se encararmos estas questões com alguma subtileza:
a) Um dos caminhos pode ser o de saber o metal antagonista do Iodo - pois a carência de Iodo pode ser apenas a impossibilidade de assimilação pela presença tóxica do seu contrário ou antagonista;
b) Outro caminho pode ser o de, por toque, por mero toque vibratório, libertar o iodo em excesso que está onde não devia estar e falta onde deveria estar: é a técnica geral de desincrustação dos metais que o trabalho com o pêndulo de radiestesia holística proporciona (e vem bem explicado no livro de Paoli, que nada tem a ver com a radiestesia)
c) Finalmente, seja a presença do antagonista do iodo que cria o problema seja o próprio Iodo, toda a questão reside numa desintoxicação em profundidade e essa desintoxicação em profundidade - tratando-se de metais - tem que ser feita intensivamente por técnicas vibratórias com o auxílio maravilhoso do Pêndulo.
6 - Têm chegado ultimamente às livrarias no campo da Holística Prática - ou seja das Técnicas que preparam a Nova Idade de Ouro - algumas obras que vivamente recomendo a quem se interesse pela sua identidade vibratória e que me parecia interessante serem comentadas aqui, na Sociedade Portuguesa de Naturologia, por um grupo de trabalho que tivesse também a seu cargo a elaboração do já referido Perfil Holístico de Diagnóstico - e o trabalho básico com o Pêndulo, aplicável, como já disse, não só a todas as técnicas de holodiagnóstico mas a todas as holoterapias. Eis uma lista sucinta dos títulos a que pude ter acesso e que estou neste momento a ruminar como alguns dos manuais sobre técnicas vibratórias que podem preparar a Nova Idade de Ouro.
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A PROPÓSITO DOS REMÉDIOS FLORAIS DO DR. BACH: TÉCNICAS HOLÍSTICAS NO TRATAMENTO DA ALMA
12/9/1993 - 1 - Ainda estamos, creio eu, a descobrir o poder mágico que se contém na palavra Holística, palavra cuja elasticidade semântica já revela muito do dinamismo que a possui. Se se tem especulado muito, teoricamente, sobre a Holística, elogiando a necessidade do global que o ser humano tem, nesta época de atomização e análise, pouco se adiantou na holística prática, ou seja, nas técnicas de fácil apreensão, que conduzam cada ser humano a uma fase menos passiva e sofrida da sua condição. A cura tem a ver com esta reconversão dos vários egos às camadas de energia mais leves, menos pesadas e menos carregadas. As práticas holísticas - ou «técnicas holísticas» - continuam dispersas por diversos livros e autores, o que é, por si mesmo, uma contradição nos termos. O objectivo de um novo projecto terapêutico será, pois, o de unir e unificar o que efectivamente já existe mas que, existindo separado, acaba por não funcionar ou funciona em sentido inverso. Mas religar também não é tarefa fácil. Regra geral procede-se por «manta de retalhos», que não reproduz a dinâmica inicial das partes. Outras vezes, como faz a ciência oficial, há uma teoria que engloba as restantes como suas subsidiárias. Mas há também o processo de procurar, através das correspondências cósmicas e da tese vibratória, falar simultaneamente de Cores, Perfumes, Sons, Planetas, Metais, etc. «Sincronicidade» chamou Jung a esse sistema de vasos comunicantes. Ele existe e é um caminho, um método para avançar em direcção à Luz.
2 - Quer se escolha ou não a terapêutica floral, o diagnóstico caracterológico, através dos 9 níveis da alma, é sempre um auxiliar precioso de qualquer terapêutica. O trabalho com o pêndulo de radiestesia holística pode ajudar este diagnóstico. Curiosamente, as 9 camadas do Ego, estudadas pelo Eneagrama Sufi, coincidem com as 9 camadas da alma estudadas pela Radiestesia Alquímica. O drama das relações humanas reside no choque de caracteres e no facto de ninguém querer abdicar do seu pior ego em favor do melhor. Face a uma visão holística do ser humano, a melhoria individual corresponde à melhoria das relações colectivas - o que parece constituir um aspecto revolucionário deste método floral.
3 - Ao tomar contacto com as essências florais do dr. Bach, talvez nos perguntemos se alguém tem o direito de mudar a personalidade de alguém. Se alguém tem o direito de interferir no direito (e no karma) de alguém. Mas a mesma questão se deverá colocar em relação a todas as outras terapêuticas, que são sempre uma intervenção de alguém sobre o destino de alguém. A linha divisória que separa, neste caso, o que é moral do que é imoral, o que deve ser feito e o que não deve ser feito, é um dogma de fé para todas as técnicas holísticas de tratamento: é o próprio ser humano quem trata de si e não o terapeuta. É com o consentimento do doente que o terapeuta o poderá aconselhar. São dois seres responsáveis e, portanto, livres - facto que é o pilar de ouro onde assenta qualquer terapia humanística e holística. O direito de alguém intervir ou não intervir é assim e à luz da moral holística, uma questão sem sentido.
4 - Quando se entra numa área holística como é a terapêutica floral, verificamos as várias pontos de contacto ou interfaces com outras técnicas e é natural que se conclua: «Mas isso já eu sei». É e não é assim: porque o encontro de duas coisas já conhecidas não é a mesma coisa que essas duas coisas separadas e dá lugar a uma terceira, conforme nos avisa a lei de emergência estudada pela Radiestesia Alquímica. Mas é evidente que o mapa caracterológico através do Eneagrama Sufi, exposto no livro de Eliane Ganem, tem desde logo afinidades surpreendentes não só com as 9 camadas da alma estudadas pelos egípcios mas com os biótipos que foram estabelecidos através dos tempos, por várias teorias (desde Hipócrates e Kretschmer, ver o livro «Biotipologia Humana», de Izidoro Duarte Santos, Arménio Amado Editor – Coimbra, 1960) e particularmente com as diáteses da homeopatia ou dos oligoterapeutas. Toda a terapêutica holística se parece com outra terapêutica holística. E os biótipos, não há dúvida, estão na base de todas elas. Daí esse ar de família entre as várias técnicas operativas. Sem menosprezar uma teoria em favor da outra, deveremos estabelecer que todas elas são contributos interessantes. Dos temperamentos de Hipócrates (460 a C – 377 a C) aos tipos de Ernesto Kretschmer (1888-1964) - 3, 5, 7, 9 - talvez todos os esquemas propostos tenham razão.
5 - Seja qual for, na medicina holística, a opção terapêutica - Meditação Transcendental (Cura Quântica), Trilogia Analítica, Psicanálise, Macrobiótica, Yoga, Homeopatia, Oligoterapia, Cromoterapia, Metaloterapia, Terapêutica Floral, Radiestesia Alquímica - a base do diagnóstico deverá sempre enfatizar o psíquico. Ao contrário do que acontece com a Medicina oficial e com grande parte das técnicas não holísticas - em que o espírito é não só menosprezado e ignorado mas é como se não existisse de todo - acontece que, na concepção holística da saúde, todas as doenças têm a sua raiz, origem e sede na Alma. É lá que todas as doenças começam e acabam, é lá que devem ser tratadas independentemente de haver ou não haver sintomas físicos. Às vezes, até pode ser que não existam sintomas físicos. Mas, haja ou não haja, eles são menosprezáveis: tratar da alma é a primeira das démarches, princípio que a terapêutica floral teve o mérito de evidenciar mais do que qualquer outra.
6 - Karma, natureza genética (herança) e meio ambiente são, regra geral, bons alibis para o ser humano não mudar aquilo que é para chegar a ser aquilo que é. E talvez se possa perguntar se é lícito mudar o carácter de alguém já que, por definição, carácter é aquilo que a caracteriza. Mas se, no carácter, - com ou sem as desculpas do karma, do código genético e do meio ambiente - reside a origem de uma dor, de uma perturbação, de uma doença, de um sofrimento, a pergunta será muito simples: o que é que esse alguém prefere, continuar esse sofrimento sem mudar, ou mudar (pela terapia floral) para transmutar o sofrimento? Porque é de transmutar o sofrimento - e aproveitá-lo para evoluir - que se trata. Sofrimento haverá sempre: mas a grande questão em acção holística prática é posta ao ser humano com a máxima franqueza: quer ele ou não aproveitar o sofrimento para evoluir? Ou prefere não sofrer mas sem evoluir? É claro que todos preferem não sofrer. Mas essa é a dificuldade maior, o maior obstáculo que a terapêutica floral enfrenta, como típica terapêutica transmutatória. Alquímica. Talvez a técnica floral possa fazer mais pela Alquimia pessoal do que a radiestesia que se diz Alquímica. Duvido, mas pode ser.