domingo, 14 de novembro de 2010

ELIANE GANEM E A TERAPIA FLORAL


93-09-12-DR> ganem-1> = + ganem-2>adn> da psicologia à noologia - diário de um aprendiz - leituras de estudo em naturologia - pesquisar na net - file com anexos

TÉCNICAS HOLÍSTICAS E ENERGIAS VIBRATÓRIAS

Lisboa, 12/9/1993 (Palestra na Sociedade Portuguesa de Naturologia) - O estudo da terapêutica floral levantou-me várias questões, algumas das quais consegui resolver por mim próprio e outras que continuam em aberto. Entre as que estão por resolver, cito as seguintes:
1 - A terapêutica floral visa, clara e ostensivamente, alterar não só os estados de consciência, mas a própria personalidade do ser humano, a pretexto de o curar: até que ponto isso é legítimo? E até que ponto se trata de uma técnica manipulatória? Questão intrinsecamente ligada a esta e que também ainda não consegui resolver, é a do «temperamento dominante», noção utilizada por Eliane Ganem, no seu livro «Os Florais do Dr. Bach e o Eneagrama» e que significa a definição do carácter de cada pessoa. A verdade é que, dos 9 tipos propostos por Eliane Ganem, ficamos sempre com a impressão, em saldo final, de pertencer a eles todos... Mais ou menos acentuados, acabamos por reconhecer sinais e sintomas de todos os tipos no nosso. Há, pois, que eleger os que são verdadeiramente característicos, os predominantes, os que definem a tal «compulsão inicial» em que fala Eliane Ganem. Há que distinguir o essencial do acessório, ficando com aquele e menosprezando este, démarche igualmente difícil de resolver.
2 - As ligações dos remédios florais a várias áreas da área holística, torna esta técnica crucial: ela tem ligações com a Biotipologia, com o inconsciente colectivo de Carl Gustav Jung (1875-1961), com todas as terapias vibratórias. E tem ligações com o holo-diagnóstico por um lado e com a holoterapêutica por outro. Um dos aspectos que considero fascinante, na terapia floral, é a sua adaptação às técnicas de radiestesia. Tal como a Homeopatia das altas diluições, tal como a Oligoterapia (ou metaloterapia), tal como a Cromoterapia ou terapia pelas Cores, tudo se pode resolver pela mais simples técnica que existe: a do toque vibratório. Assim como eu posso, sem tomar Iodo, fazer terapia vibratória do Iodo através do simples toque ( sobre a própria substância ou, na impossibilidade desta, na própria palavra Iodo) assim também, por contacto digital com os 38 remédios florais, eu posso, economicamente, sem gastar muito dinheiro, obter os efeitos, com mais segurança e talvez mais eficácia, do que ingerindo os próprios remédios florais.
3 - A terapêutica floral encoraja aqui na Sociedade Portuguesa de Naturologia a formação de um grupo de terapêuticas vibratórias, o qual se dedique a duas tarefas principais:
a) A elaboração de fichas com o perfil holístico (de diagnóstico) de cada pessoa e seus familiares e amigos;
b) A investigação e pesquisa das 5 terapêuticas vibratórias, que são o futuro da Medicina, da Humanidade e da própria vida no Planeta. São essas terapias, pela ordem de prioridades no seu estudo e aplicação:
- Radiestesia Alquímica
- Cromoterapia
- Metaloterapia
- Floralterapia do Dr. Bach
- Homeopatia
De registar é que, de todas estas terapêuticas, a Floral é a que mais abertamente se assume como técnica transformadora de consciência. E que, por aí, ela serve também de porta aberta ao fascinante estudo das matérias e práticas capitais para o futuro da Medicina, da Humanidade e da própria Vida no Planeta Terra, tudo o que respeita à própria bioquímica do cérebro:
a) Os alucinogénicos como transformadores de consciência
b) A passagem para o mundo da Luz e da Eternidade (a Vida a que normalmente se chama Morte)
c) A «cura quântica» de raiz aiurvédica, hoje assumida pela técnica da Meditação Transcendental
4 - O ponto 4 desta minha carta é uma homenagem ao Dr. António Cardoso e a uma das intuições que ele ajudou e foi dos primeiros a despertar. Refiro-me à Bioquímica em geral e à bioquímica do cérebro em particular. Se quiséssemos escolher uma das ciências que está na encruzilhada dos velhos com os novos tempos, a disciplina científica que serve de placa giratória ao trabalho mais antigo (alquímico) e ao trabalho de vanguarda (a Radiestesia), seria a Bioquímica que deveríamos eleger. Deepak Chopra, no seu livro «Cura Quântica» alude constantemente a conceitos de Bioquímica, pois as maiores descobertas no campo da energética cerebral têm sido feitas pela bioquímica e é na zona profunda da bioquímica molecular - o ADN - que vamos encontrar o segredo de todos os segredos, o mistério de todos os mistérios: a informação que passa, a informação que estagna, a informação que vem do princípio dos tempos e que vai para o fim dos tempos. Dada a pouca reverência que me apetece sempre ter em relação à ciência moderna - mãe de todas as destruições - que considero um flagelo e, na maior parte dos casos, um crime perpétuo contra a alma humana, peço para que levem em consideração esta excepção que decidi momentaneamente abrir: uma palavra de gratidão à Bioquímica e ao Dr. Cardoso, que foi a primeira pessoa a fazer-me sentir a importância da Bioquímica no abrir do 3º Milénio e da Nova Idade de Ouro, logo no abrir da Terceira Visão e do 6º sentido.
5 - Sobre o Iodo e sua específica função sobre a tiróide, a questão não é tão linear como pode parecer. Se o sintoma é de carência, a tendência do terapeuta será para administrar Iodo em doses ponderais ou biológicas. A tendência do terapeuta que ainda vê as coisas de baixo para cima será para recomendar iodo sob a forma de oligoelemento. Mas essa terapia pode ser um fracasso sem que ninguém compreenda porquê. A explicação pode estar, no entanto, um pouco mais fundo e se encararmos estas questões com alguma subtileza:
a) Um dos caminhos pode ser o de saber o metal antagonista do Iodo - pois a carência de Iodo pode ser apenas a impossibilidade de assimilação pela presença tóxica do seu contrário ou antagonista;
b) Outro caminho pode ser o de, por toque, por mero toque vibratório, libertar o iodo em excesso que está onde não devia estar e falta onde deveria estar: é a técnica geral de desincrustação dos metais que o trabalho com o pêndulo de radiestesia holística proporciona (e vem bem explicado no livro de Paoli, que nada tem a ver com a radiestesia)
c) Finalmente, seja a presença do antagonista do iodo que cria o problema seja o próprio Iodo, toda a questão reside numa desintoxicação em profundidade e essa desintoxicação em profundidade - tratando-se de metais - tem que ser feita intensivamente por técnicas vibratórias com o auxílio maravilhoso do Pêndulo.
6 - Têm chegado ultimamente às livrarias no campo da Holística Prática - ou seja das Técnicas que preparam a Nova Idade de Ouro - algumas obras que vivamente recomendo a quem se interesse pela sua identidade vibratória e que me parecia interessante serem comentadas aqui, na Sociedade Portuguesa de Naturologia, por um grupo de trabalho que tivesse também a seu cargo a elaboração do já referido Perfil Holístico de Diagnóstico - e o trabalho básico com o Pêndulo, aplicável, como já disse, não só a todas as técnicas de holodiagnóstico mas a todas as holoterapias. Eis uma lista sucinta dos títulos a que pude ter acesso e que estou neste momento a ruminar como alguns dos manuais sobre técnicas vibratórias que podem preparar a Nova Idade de Ouro.
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A PROPÓSITO DOS REMÉDIOS FLORAIS DO DR. BACH: TÉCNICAS HOLÍSTICAS NO TRATAMENTO DA ALMA

12/9/1993 - 1 - Ainda estamos, creio eu, a descobrir o poder mágico que se contém na palavra Holística, palavra cuja elasticidade semântica já revela muito do dinamismo que a possui. Se se tem especulado muito, teoricamente, sobre a Holística, elogiando a necessidade do global que o ser humano tem, nesta época de atomização e análise, pouco se adiantou na holística prática, ou seja, nas técnicas de fácil apreensão, que conduzam cada ser humano a uma fase menos passiva e sofrida da sua condição. A cura tem a ver com esta reconversão dos vários egos às camadas de energia mais leves, menos pesadas e menos carregadas. As práticas holísticas - ou «técnicas holísticas» - continuam dispersas por diversos livros e autores, o que é, por si mesmo, uma contradição nos termos. O objectivo de um novo projecto terapêutico será, pois, o de unir e unificar o que efectivamente já existe mas que, existindo separado, acaba por não funcionar ou funciona em sentido inverso. Mas religar também não é tarefa fácil. Regra geral procede-se por «manta de retalhos», que não reproduz a dinâmica inicial das partes. Outras vezes, como faz a ciência oficial, há uma teoria que engloba as restantes como suas subsidiárias. Mas há também o processo de procurar, através das correspondências cósmicas e da tese vibratória, falar simultaneamente de Cores, Perfumes, Sons, Planetas, Metais, etc. «Sincronicidade» chamou Jung a esse sistema de vasos comunicantes. Ele existe e é um caminho, um método para avançar em direcção à Luz.
2 - Quer se escolha ou não a terapêutica floral, o diagnóstico caracterológico, através dos 9 níveis da alma, é sempre um auxiliar precioso de qualquer terapêutica. O trabalho com o pêndulo de radiestesia holística pode ajudar este diagnóstico. Curiosamente, as 9 camadas do Ego, estudadas pelo Eneagrama Sufi, coincidem com as 9 camadas da alma estudadas pela Radiestesia Alquímica. O drama das relações humanas reside no choque de caracteres e no facto de ninguém querer abdicar do seu pior ego em favor do melhor. Face a uma visão holística do ser humano, a melhoria individual corresponde à melhoria das relações colectivas - o que parece constituir um aspecto revolucionário deste método floral.
3 - Ao tomar contacto com as essências florais do dr. Bach, talvez nos perguntemos se alguém tem o direito de mudar a personalidade de alguém. Se alguém tem o direito de interferir no direito (e no karma) de alguém. Mas a mesma questão se deverá colocar em relação a todas as outras terapêuticas, que são sempre uma intervenção de alguém sobre o destino de alguém. A linha divisória que separa, neste caso, o que é moral do que é imoral, o que deve ser feito e o que não deve ser feito, é um dogma de fé para todas as técnicas holísticas de tratamento: é o próprio ser humano quem trata de si e não o terapeuta. É com o consentimento do doente que o terapeuta o poderá aconselhar. São dois seres responsáveis e, portanto, livres - facto que é o pilar de ouro onde assenta qualquer terapia humanística e holística. O direito de alguém intervir ou não intervir é assim e à luz da moral holística, uma questão sem sentido.
4 - Quando se entra numa área holística como é a terapêutica floral, verificamos as várias pontos de contacto ou interfaces com outras técnicas e é natural que se conclua: «Mas isso já eu sei». É e não é assim: porque o encontro de duas coisas já conhecidas não é a mesma coisa que essas duas coisas separadas e dá lugar a uma terceira, conforme nos avisa a lei de emergência estudada pela Radiestesia Alquímica. Mas é evidente que o mapa caracterológico através do Eneagrama Sufi, exposto no livro de Eliane Ganem, tem desde logo afinidades surpreendentes não só com as 9 camadas da alma estudadas pelos egípcios mas com os biótipos que foram estabelecidos através dos tempos, por várias teorias (desde Hipócrates e Kretschmer, ver o livro «Biotipologia Humana», de Izidoro Duarte Santos, Arménio Amado Editor – Coimbra, 1960) e particularmente com as diáteses da homeopatia ou dos oligoterapeutas. Toda a terapêutica holística se parece com outra terapêutica holística. E os biótipos, não há dúvida, estão na base de todas elas. Daí esse ar de família entre as várias técnicas operativas. Sem menosprezar uma teoria em favor da outra, deveremos estabelecer que todas elas são contributos interessantes. Dos temperamentos de Hipócrates (460 a C – 377 a C) aos tipos de Ernesto Kretschmer (1888-1964) - 3, 5, 7, 9 - talvez todos os esquemas propostos tenham razão.
5 - Seja qual for, na medicina holística, a opção terapêutica - Meditação Transcendental (Cura Quântica), Trilogia Analítica, Psicanálise, Macrobiótica, Yoga, Homeopatia, Oligoterapia, Cromoterapia, Metaloterapia, Terapêutica Floral, Radiestesia Alquímica - a base do diagnóstico deverá sempre enfatizar o psíquico. Ao contrário do que acontece com a Medicina oficial e com grande parte das técnicas não holísticas - em que o espírito é não só menosprezado e ignorado mas é como se não existisse de todo - acontece que, na concepção holística da saúde, todas as doenças têm a sua raiz, origem e sede na Alma. É lá que todas as doenças começam e acabam, é lá que devem ser tratadas independentemente de haver ou não haver sintomas físicos. Às vezes, até pode ser que não existam sintomas físicos. Mas, haja ou não haja, eles são menosprezáveis: tratar da alma é a primeira das démarches, princípio que a terapêutica floral teve o mérito de evidenciar mais do que qualquer outra.
6 - Karma, natureza genética (herança) e meio ambiente são, regra geral, bons alibis para o ser humano não mudar aquilo que é para chegar a ser aquilo que é. E talvez se possa perguntar se é lícito mudar o carácter de alguém já que, por definição, carácter é aquilo que a caracteriza. Mas se, no carácter, - com ou sem as desculpas do karma, do código genético e do meio ambiente - reside a origem de uma dor, de uma perturbação, de uma doença, de um sofrimento, a pergunta será muito simples: o que é que esse alguém prefere, continuar esse sofrimento sem mudar, ou mudar (pela terapia floral) para transmutar o sofrimento? Porque é de transmutar o sofrimento - e aproveitá-lo para evoluir - que se trata. Sofrimento haverá sempre: mas a grande questão em acção holística prática é posta ao ser humano com a máxima franqueza: quer ele ou não aproveitar o sofrimento para evoluir? Ou prefere não sofrer mas sem evoluir? É claro que todos preferem não sofrer. Mas essa é a dificuldade maior, o maior obstáculo que a terapêutica floral enfrenta, como típica terapêutica transmutatória. Alquímica. Talvez a técnica floral possa fazer mais pela Alquimia pessoal do que a radiestesia que se diz Alquímica. Duvido, mas pode ser.

ARTHUR BAILEY E A TERAPIA FLORAL


1-5-bailey-1-2> - 27/1/1994 - leituras psicosomáticas


ESSÊNCIAS FLORAIS SEGUNDO ARTHUR BAILEY (*)

«Existe no nosso íntimo algo que ilumina: é a área da psique onde reside tudo o que precisamos de saber.» (Bailey, 127)

Essa área da psique chama-se, em Radiestesia Holística, área quântica, e situa-se no ADN do núcleo da célula.
Psique é, assim, sinónimo de continuuum energético físico entre céu e terra. (A.C.)

O pêndulo de Radiestesia Holística , tal como a meditação, deve integrar toda a nossa vida, de maneira que tudo o que fazemos se torne ágil e espontâneo. ( AC/ Bailey)

A melhor clarividência (?) é a que se faz por mergulho no inconsciente colectivo, através de transformadores de energia que se encontram acessíveis na RH: sefirotes, tarô, I ching, quadrados mágicos, etc.
(AC/Bailey)

Até que alguém possa viver em paz consigo (ser o que é) - o organismo físico vai reflectir os conflitos existentes. Ser o que se é : resume todo o programa terapêutico das essências florais.
(AC/ Bailey)


bailey-1>saude>adn>manual>o potássio, esse desconhecido teste dos metais para desintoxicar

O CONTRIBUTO DE ARTHUR BAILEY (*)

ABORDAGEM HOLÍSTICA DAS ALERGIAS
27/1/1994 - 1 - Ao relacionar alergias, stress emocional e ritmo cardíaco (pulsação), Arthur Bailey(*), o inglês que trocou a engenharia pela radiestesia terapêutica, dá um passo gigantesco na compreensão da patologia mais complexa e mal estudada do nosso tempo: as alergias. O x da equação «alérgica» reside precisamente no relacionamento de factores desconhecidos e a despistagem desses factores representaria um progresso significativo, no diagnóstico e na terapêutica. Note-se que, ao falar de diagnóstico, quando se trata de compreender uma alergia, todos os factores ambientais deverão entrar em linha de conta, e por isso se deveria falar num «eco-diagnóstico» ou «diagnóstico» ambiental.
Ao utilizar a radiestesia para descobrir o que as análises comuns não conseguem descobrir, Arthur Bailey dá um contributo original e muito valioso, não só à radiestesia Terapêutica mas também ao tratamento das alergias.
Ainda que o teste das pulsações, por ele utilizado, nos pareça desnecessariamente complicado, o princípio é correcto e deverá ser levado em consideração: aliás, ao longo do livro de Arthur Bailey (*), tudo nos parece certo, desde que se excluam os aspectos complicativos do processo. Desde que simplificado, o contributo de Arthur Bailey à radiestesia terapêutica é extremamente interessante.
«O stress emocional - como ele diz - provoca todo um conjunto de sintomas. Ocorrem alterações na química do organismo que podem afectar gravemente o sistema imunitário e, virtualmente, todas as funções orgânicas. O stress também provoca tensões musculares crónicas que afectam a respiração, a postura, a expressão facial e todo o funcionamento do rosto.»
É aqui, nas crises de stress, que as várias formas de meditação entram como terapia global de fundo e de choque, sem esquecer que o teste autoterapêutico com o pêndulo da Radiestesia é uma das formas de «meditação» e relaxamento mais eficazes.

2 - O efeito multiplicador do stress nas alergias foi também analisado no livro do norte-americano Arthur Coca, «The Pulse Test: Easy Allergy Detection», que Bailey cita às páginas 65 e 69 da edição portuguesa. Os testes sobre alimentos realizados por Coca dão, regra geral, como responsáveis, alguns produtos mais comuns, e que, de certo modo, representam, no contexto das alergias, o papel de «maus da fita», ou alergenos principais. Entre esses primeiros suspeitos, figuram, desde há muito tempo, o Leite e o Chocolate, mas Arthur Coca encontrou também Repolhos e Trigo.
Uma conclusão (inédita) se deverá desde já registar e que poderá corrigir muitas das concepções que actualmente correm sobre alergias. Não é no «alergeno» propriamente dito que está o elemento causal desencadeante da «intolerância»: a intolerância passa por aqueles alimentos que, perturbando o Fígado (e encontrando nele reduzida a sua função de eliminação), irão, em segunda linha, provocar a reacção alérgica.
Por isso o leite e o chocolate surgem como alergenos sempre prováveis, e ambos por essa característica: afectam de modo mais intenso o funcionamento do fígado. Mas o Leite tem ainda outro componente que, faltando no chocolate, o torna mais susceptibilizante ou alergénico: a presença de hormonas e antibióticos. Aliás, nas hormonas e antibióticos - presentes nos produtos de origem animal - se deverá localizar uma das causas químicas das alergias como fenómeno pan-endémico do nosso tempo. A presença de gorduras-e-sal no alimento suspeito poderá também agravar a sua intolerância, na medida em que irá afectar o fígado e suas funções de metabolização.
Uma reacção como a «urticária», por exemplo, dir-se-ia que é uma forma de eliminação «diferida» (através da pele) quando o Fígado deixa de ter capacidade para ser ele a metabolizar, assimilando e desassimilando o alimento que lhe é proposto... Mas às hormonas e antibióticos se deverá acrescentar uma longa lista de responsáveis, que tornam, de facto, logo à nascença, o mundo moderno um inferno químico mais ou menos climatizado e um tremedal químico de doenças: vacinas, medicamentos em geral e alguns (antibióticos, corticosteroides) em particular, Aditivos químicos (nomeadamente corantes), pesticidas, deverão entrar, desde já, na lista, hoje interminável, de causadores de alergias.
É caso para dizer que, mesmo assim, muito bem andamos nós. Se estamos cercados por substâncias alergénicas, nomeadamente químicas, talvez o caminho seja, antes de mais nada, uma terapêutica no sentido de diminuir a hipersensibilidade do organismo. E diminuir a hipersensibilidade do organismo passa por diminuir a hipersensibilidade do Fígado, o que significa o seu tratamento através do elemento-chave no órgão hepático, que é o Enxofre: num país como o nosso, guiado pela providência, onde deverá existir a maior densidade de águas termais, com base sulfúrica, do Mundo, deveria ser proibido sofrer do Fígado e portanto de Alergias. No entanto, 90% das doenças de que hoje as pessoas se queixam são de origem alérgica.
Mas - note-se - a desintoxicação passa também pela desincrustação de metais pesados e tóxicos do ADN celular: o que deve e pode ser conseguido, da maneira mais eficaz, pelo teste dos metais com o pêndulo de radiestesia. Note-se também de que a célula só se liberta de metais pesados, se primeiro «abrir» com a ajuda da presença do potássio, aquele que já foi apelidado de «mineral esquecido».

3 - A tudo isto a radiestesia terapêutica pode prestar um serviço insubstituível: testando os alimentos (substâncias contidas nos alimentos), se quisermos seguir a via complicada dos alergénicos, mas também, pura e simplesmente, como profilaxia de base, como terapêutica-milagre, testando autoterapeuticamente o Enxofre até dizer basta. Se a isto se juntar um bom apport de Enxofre nos alimentos mais comuns - nabos, rábanos, rabanetes - nem será necessário, quando chega o Verão, fazer uma cura de águas em qualquer das nossas maravilhosas Termas. A dificuldade, neste País de maravilhas, é da escolha.

4 - Compreende-se a necessidade de apoiar o trabalho terapêutico em processos simplificados, dada a extraordinária complexidade do quadro alérgico e a interdependência de diversos factores, muitos deles desconhecidos ou inlocalizáveis. Também é certo que uma atitude de sistemática e obsessiva despistagem, se torna cansativa, mesmo para um radioterapeuta paciente. Se há terapias (que deverão ser) holísticas, a das alergias é, por excelência, uma holoterapia.

5 - Voltando ao livro de Arthur Coca, «The Pulse Test: Easy Allergy Detection», editado nos EUA em 1972, o nosso autor refere uma experiência da maior importância para esse relacionamento holístico que se torna, dia a dia, mais necessário, à medida que a química introduz no ambiente alimentar (na bioquímica ou alquimia da vida) um princípio satânico de perversão. A que todas as correntes dietéticas têm sido mais ou menos alheias, deixando que a Ecologia Alimentar se tornasse uma piedosa forma de lamentar o leite derramado...
«Sintomas de doenças tão graves como a esclerose múltipla - diz Arthur Bailey - têm surgido a partir de causas tão pouco graves (sic!) como alergias alimentares». Medida de precaução - ainda que não de fundo - é aconselhada por ele: «Em particular - sublinha - é vital não consumir esses alimentos quando estiver doente ou sob tensão.»
Para os que quiserem «complicar» o processo e tiverem paciência para isso, Arthur Bailey insiste no «teste do pulso», que ele minuciosamente descreve às páginas 65 e 66 da edição portuguesa, citando sempre o livro do norte-americano Arthur Coca, «The Pulse Test: Easy Allergy Detection», Arco, 1972.

6 - Ao relacionar alergias e stress, Bailey está apenas a sublinhar - sem a explicitar - a importância do sistema nervoso e endócrino num processo alérgico, facto que reconfirma o carácter holístico deste sindroma e, portanto, a necessidade de uma terapia holística - a partir da causa rerum que, como já se disse, é o fígado e o seu metal-chave, o enxofre. Sublinhe-se, já agora, a importância deste elemento na tradição alquímica.

7 - Além da relação já assinalada por Arthur Bailey entre stress emocional , sistema endócrino, intolerâncias alimentares, alergias e pulso cardíaco - há uma conexão fundamental ainda a sublinhar mas que ele apenas sugere sem explicitar: é a relação que tem, com todo o quadro alérgico, o estado de intoxicação do organismo humano, entendendo-se a intoxicação química como a que deixa um terreno minado e sequelas mais profundas e demoradas. Daí que as alergias sejam, regra geral, para toda a vida e que a medicina (baseada na intoxicação química-medicamentosa) não adiante nenhuma cura, nem aguda nem de terreno, antes pelo contrário. É aqui que um outro elemento-chave, o Potássio, a quem está confiada a função de abrir as células, se torna a pedra angular em qualquer quadro de alergia. Sem o Potássio, as células continuarão fechadas e sem hipótese de substituir os metais tóxicos pelos «bons metais» como diria Etienne Guillé.

8 - O recurso terapêutico à homeopatia e aos remédios florais do Dr. Bach, preconizados por Arthr Bailey, reforça a abordagem holística que o autor realiza neste seu livro «O Diagnóstico pela Radiestesia» Agindo, com esses «holo-medicamentos», ao nível da energia astral e do corpo etérico - o que normalmente se designa por mundo emocional ou mundo psíquico - , Arthur Bailey dá, sem saber, um contributo valioso à radiestesia alquímica que, como se sabe, enquanto abordagem holística, subordina o corpo físico à influência dos vários corpos energéticos e estes às energias cósmicas.

9 - A existência de dois hemisférios cerebrais, tal como é descrita pela ciência neurológica, aparece em Arthur Bailey como hipótese capaz de explicar o desconhecido mecanismo da radiestesia. Mas também pode ajudar a explicar o dualismo do pensamento humano e a virtual necessidade de uma abordagem holística, que reequilibre o papel dos dois hemisférios cerebrais, contribuindo para acabar com a hipertrofia do lado cerebral e lógico, estrutural à civilização tecnológica que nos domina. O «corpus callosum» seria porventura o elo de ligação entre os dois contrários e talvez esteja nele a «ponte» para reencontrarmos a unidade perdida...
Generalizando, poderia pensar-se que ocorrências verificadas do lado esquerdo do corpo teriam a ver com o cérebro direito e viceversa. Usar a mão esquerda, em vez da direita, poderia ser um desses sinais. E o uso da mão direita para segurar o pêndulo teria a ver com capacidades do cérebro esquerdo, que a ciência identifica com o chamado «processamento linear», ou seja, coisas como a matemática, a lógica, a linguagem, características associadas ao sexo masculino. O cérebro direito estaria, segundo os mesmos cientistas, relacionado com o experimentar os acontecimentos como um todo, não sendo limitado pelo tempo e pelo espaço, mais ligado à criatividade, ao gosto pela arte, à compaixão e à intuição, faculdades tradicionalmente associadas ao sexo feminino.
A meditação, segundo Arthur Bailey, poderia ajudar a equilibrar a actividade dos dois hemisférios. Escreve ele à página 149: «A informação obtida através da radiestesia começa por se manifestar no hemisfério direito (não lógico) porque não é uma propriedade lógica, e daí resulta a dificuldade que alguns, com o hemisfério esquerdo predominante, sentem para aceitar a radiestesia. Ao aprendermos radiestesia, aprendemos a libertar uma capacidade latente da mente intuitiva.»
Esta hipótese científica dos dois hemisférios cerebrais talvez seja apenas sedutora e talvez pouco explique do que permanece um mistério: o dualismo da natureza humana (que corresponde ao dualismo cósmico do universo) e o mecanismo que, em última instância, faz com que a Radiestesia funcione.

10 - Ao recomendar, para lá dos 38 remédios individuais do Dr. Bach, o «Rescue Remedy», que inclui cinco deles, o livro de Arthur Bailey é também uma boa oportunidade de recolectar aqueles remédios de base que constituem uma espécie de profilaxia profunda e global, qualquer que seja o caso e por maior gravidade de que ele se revista. Pedindo ajuda à macrobiótica e à medicina orto-molecular, a lista de recursos terapêuticos globais começa a ficar particularmente enriquecida. Não se trata de dispensar as terapias específicas mas de valorizar as terapias holísticas de fundo. Tentemos uma primeira listagem [ a completar futuramente] do que se poderá designar por «primeiros desintoxicantes»:

TESTE DOS 7 METAIS ALQUÍMICOS COM O PÊNDULO DE RADIESTESIA (particularmente com o Enxofre).

CHÁ (CALDO) DE VEGETAIS DOCES - Ingredientes básicos: Cebola, Abóbora, Couve Branca, Cenoura. Ingredientes adicionais: Cogumelo Shitaki, Nabos e Rabanetes, Rebentos de Soja

Arroz integral em particular e Macrobiótica em geral

POTÁSSIO - Potássio de alimentos ricos em Potássio: Batata Doce, Frutos Secos, Banana, Batata

ENXOFRE - Enxofre de alimentos ricos em Enxofre: Radis Noir, Rábano, Rabanete, Nabo, Nabiças

Águas sulfúricas de termas portuguesas

Ampolas bebíveis «Sulfogene»

Enxofre por teste vibratório do metal

RESCUE REMEDY - Em crises de stress - «Inclui cinco dos outros 38 remédios florais do Dr. Bach e é composto, expressamente, para a redução do choque. Sempre que alguém fique subitamente sob stress - provocado por um acidente, perda de alguém, etc - este remédio é notavelmente eficaz.» (A. Bailey)

IMUNOZELON (?) - Reforço do sistema imunitário
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(*) «O Diagnóstico pela Radiestesia», de Arthur Bailey, Nº 7 da Colecção «Medicinas Alternativas», Editorial Estampa, Lisboa, 1994 ■