93-07-20-bm+> 93-07-20-DN> campo-1>adn>manual>
O CAMPO UNIFICADO DAS FREQUÊNCIAS VIBRATÓRIAS
TERAPIAS ONDULATÓRIAS À LUZ DA HIPÓTESE VIBRATÓRIA
NOÇÃO DE FREQUÊNCIA VIBRATÓRIA É A CHAVE
+ 5 PONTOS
20/7/1993 - 1 - Relutante em reconhecer o mundo (do) invisível, a ciência materialista tem vindo, no entanto, a reconhecer fenómenos vibratórios de diversa natureza, das radiações ionizantes às ondas acústicas, do electro-magnetismo à energia calórica, do telurismo à biocosmologia, da música à cromoterapia.
Embora rosnando, sempre que se trata de realidades que não podem ser pesadas e às vezes nem medidas, a ciência lá vai, a contra-gosto, aceitando o inevitável: o invisível. Não estabeleceu, porém, nem poderia estabelecer, um campo unificado e coerente de toda essa realidade, de todos esse fenómenos. Um continuum. As peças do puzzle aparecem dispersas. Talvez seja a Radiestesia Alquímica (RA) a tentar o que a Ciência, sempre a rosnar, a priori recusou, alegando a limitação dos seus próprios métodos e instrumentos de laboratório.
Ora pois. Neste campo (invisível) da realidade física, talvez seja a noção de Frequência o que estabelece uma certa ordem no caos, a chave de uma interpretação global do fenómeno global. A Frequência vibratória de um fenómeno, substância ou estrutura, tem a ver com a qualidade das energias e é pela qualidade que as energias se podem distinguir e classificar.
As correspondências já conhecidas entre, por exemplo, sons, cores, metais e planetas, deixam entrever um quadro mais alargado de correspondências que seriam o objecto de estudo, também, de uma Física Vibratória. À luz da hipótese vibratória, o universo objectivo alarga-se até ao infinito e até à eternidade. Este é o Grande Momento da RA. Este é o âmbito vertiginoso que a RA cobre e que a torna a ciência por excelência dos tempos futuros. As fronteiras que têm limitado o homem, desaparecem como por encanto. Afinal nunca houve fronteiras, a não ser na mente humana e na ciência que a conforma.
E o ser humano surge muito mais «grandioso» do que aquele fragmento de efemeridade vogando no espaço sideral. O ser humano é o instrumento de medida de todo o universo vibratório, o laboratório de pesquisas, a sede de todas as alquimias ou transformações a três níveis: Corpo, Alma, Espírito. Estaríamos também na fronteira entre a física e a química. Um sistema de interfaces consecutivos diz-nos que a realidade é um continuum, pressentido por correntes místicas ou esotéricas, mas nunca consumado na prática quotidiana.
O ser humano, face à hipótese vibratória, desamesquinha-se, obriga-se a assumir, por ressonância vibratória, as suas dimensões de infinito e eternidade. Que se tornam assim inevitáveis e irreversíveis. Mera rotina. Físicas. A ciência criou teorias - o esclerosamento do conhecimento. A hipótese vibratória redefine toda a realidade em termos de continuum energético. Define, classifica, hierarquiza, relativizando a Matéria, colocando-a no lugar ínfimo que lhe pertence, em absoluta dependência do espírito. A hipótese vibratória explica o simples pelo complexo, o menor pelo maior, o ser humano por Deus, o visível pelo Invisível. O visível seria apenas uma condensação do invisível, definido por determinadas frequências vibratórias. Bastante baixas, diga-se.
2 - Uma releitura do que a ciência tem dito ou mandado escrever sobre energias vibratórias servirá, à luz da RA, para aproveitar alguns conceitos e rever outros. Surge então um léxico diversificado (e heterogéneo) que importa unificar e ler de maneira homogénea. Exemplifiquemos, de A a Z:
Aromoterapia
Biogeologia
Bioritmos
Campos magnéticos
Electromagnetisnmo
Emanações
Energias nocivas
Geotelurismo
Iões positivos
Linguagem das cores
Linguagem dos Odores
Musicoterapia
Nós de Hartamnn
Ondas de forma
Radão
Radiações ionizantes
Sons
Mas a partir de uma determinada frequência para cima, a ciência deixa de ter palavras (e instrumentos de medida). Por isso a RA recorre aos nomes dos deuses para designar as energias vibratórias de mais altas frequências.
A mitologia grega e egípcia, afinal, serve para alguma coisa... serve a ciência pequenina. E o próprio léxico místico - Espírito Santo, Pecado, Inferno, Purgatório, Paraíso, Céu - serve também a Ciência. [ ver nomenclaturas, dogmas, etc ] o que está nos livros sagrados, afinal, não é só lenda, ficção, historietas. É para ler como História. Considerados lenda, durante muito tempo, os textos míticos e mitológicos traduzem afinal uma realidade factual muito concreta. Há que os reler e para isso há que reencontrar a linguagem em que estão escritos. Não interessa a designação e a proveniência. Campo unificado é também o que reune os léxicos dispersos e heterogéneos no mesmo método de leitura, ou na mesma linguagem.
3 - Terapias como a cromoterapia deixam de ser uma complicada gama de aplicações específicas para se transformarem em terapias globais do terreno orgânico. As cores não se distinguem por espécies mas por frequências vibratórias, tal como os metais, os perfumes, os planetas, etc. Os sons - na musicoterapia - não se distinguem por trechos os mais diversos, para esta ou esta finalidade terapêutica, mas apenas pelos vários níveis - mensuráveis - de frequência vibratória. O mesmo para os Óleos essenciais, em Aromoterapia. O mesmo para os ultrasons em sonoterapia. Quando se descobre que o Cogumelo Amanita Muscaria vibra a N 56, há um salto qualitativo importante. E compreende-se porque tem um alucinogénico o poder (vibratório) de modificar a consciência. É ainda pelo nível de frequência que eles se distinguem. Conseguir níveis de frequência vibratória mais elevados - mas estáveis - é a démarche inédita da RA, que nenhuma das outras terapêuticas vibratórias consegue. Estabilizar e prolongar um estado de consciência alargado, é o objectivo da RA.
4 - OS SONS SEGUNDO A FÍSICA CLÁSSICA
Vibração é o movimento de vai-vém das partículas dos corpos. O vocábulo «vibração» vem do latim «vibratio», «onis» e «oscilação» vem de «vibrare», «oscilar». Porque a matéria é inerte, a vibração das partículas de um corpo resulta sempre da acção de uma força, que as obriga, num movimento de vai-vém, a alterar e a retomar sucessivamente o seu estado de equilíbrio.
Som é a sensação auditiva que nos causam os movimentos vibratórios das partículas da matéria. É um fenómeno subjectivo resultante de outro objectivo, a vibração das partículas dos corpos materiais. Só por si não existe. O que existe só por si é a vibração das partículas dos corpos materiais.
O som só surge quando essa vibração é apreendida pelo cérebro de um animal por intermédio do respectivo aparelho auditivo. Para que um som se produza é necessário que haja um corpo vibrátil e que as partículas desse corpo se ponham em vibração; que haja um meio propagador e que esse meio faça a propagação; e que haja um aparelho perceptor e que esse aparelho faça a percepção.
Todos os corpos são vibráteis, embora uns mais do que outros. Fisicamente, todos os corpos são sonoros, visto que todos são susceptíveis de vibrar. O «grau de sonoridade» é que varia conforme o grau de vibratilidade do corpo. Fisicamente todas as substâncias são susceptíveis de propagar vibrações dos corpos sonoros. O aparelho perceptor é naturalmente o aparelho auditivo dos animais. Intensidade é a qualidade que faz que classifiquemos um som de mais forte ou mais fraco em relação a outros e resulta da força que provoca a vibração do corpo sonoro. Como da maior ou menos força resulta a maior ou menor amplitude, podemos dizer que a intensidade resulta da amplitude: que é a distância que percorre o corpo posto em movimento, do ponto de equilíbrio às extremidades da vibração. Altura ou tom é a qualidade que faz que classifiquemos um som de mais grave ou agudo e resulta da frequência de vibração na unidade de tempo, quanto maior é a frequência mais agudo é o som. Timbre é a qualidade que faz que classifiquemos de diferentes dois ou mais sons da mesma intensidade e da mesma altura. É pelo timbre que determinamos se um som é de guitarra, de viola, de piano, de sino, de voz, como é pelo timbre que distinguimos as vozes das pessoas, dos animais, etc. O timbre - diz-se - é a cor do som.
Acústica é a parte da Física que estuda os fenómenos sonoros, isto é, a mecânica da produção, propagação e percepção dos sons. Os discípulos de Pitágoras eram obrigados, durante cinco anos, a só escutar sem nada dizer.
5 - Outro exemplo de fenómeno vibratório, os Odores, funciona também no interface Subjectivo/Objectivo: depende não só de um emissor como de um receptor adequado.
A maior ou menor sensibilidade de alguém aos odores poderá ter a ver com a maior ou menor sensibilidade do seu Fígado ao ambiente alimentar e nem só. Poucos conhecem esta correspondência que, no entanto, pode explicar a pandemia moderna das Alergias ou hipersensibilidades ao ambiente.
Há quem explique essa maior ou menor sensibilidade aos odores pelas células da pituitária, que seriam susceptíveis de cansaço, chegando a ficar como que anestesiadas... E alguns fisiologistas acrescentam, não deixando dúvidas sobre os «histéricos dos cheiros»: Se a reacção dos indivíduos mais sensíveis fosse tomada como base para definir a concentração de partículas que contaminam o ar - por exemplo - seriam proibidas praticamente todas as actividades humanas!...»
A ciência médica tem sempre argumentos para desculpar o Poder, culpando o sujeito hipersensível ao ambiente tóxico. Em Cabo Ruivo ou «anywere».
quinta-feira, 10 de junho de 2010
HARMONIZAR O BIORITMO
2816 bytes 1854 caracteres campo-2>adn>
TRABALHAR COM O PÊNDULO: HARMONIZAR O BIORITMO
PERFIS VIBRATÓRIOS (ENERGÉTICOS)E TRATAMENTO ENDÓCRINO
+ 3 PONTOS
1/8/1993 - 1 - A observação de vários tipos ou perfis energéticos (biótipos) permite concluir algumas constantes que definem hoje o comportamento da maioria das pessoas, que se encontram doentes principalmente a nível cósmico - Alma e Espírito.
2 - O espectro electromagnético não esgota, como já se disse [ver ], o espectro vibratório mas permite uma base de trabalho fecunda para qualquer desenvolvimento e progresso no trabalho de alquimia pessoal. Entre outros benefícios colhidos do trabalho com as vibrações do espectro electromagnético (cores, metais, perfumes, notas musicais, vogais, fonemas) podemos, pelo menos, reencontrar o bioritmo mais adequado a cada caso. E, como a observação mostra, todos hoje sofrem - e sofrem muito - de falta ou total ausência de ritmo [ Ver fogo ]. Sendo o bioritmo produzido essencialmente pelo sistema endócrino, será ao sistema endócrino que se dirige, em 1ª linha, o trabalho com as vibrações do espectro. Especialmente as mulheres, mas também os homens embora em menor escala, sofrem particularmente do sistema endócrino e é sobre esse sistema que essencialmente actua o trabalho do pêndulo com metais, cores, sons, vogais, fonemas e perfumes.
3 - Como se disse, no Trabalho com o pêndulo não se visa um tratamento específico, caso a caso, a este ou àquele órgão, contra este ou aquele sintoma, mas uma rearmonização do bioritmo, pelo que se deve trabalhar regularmente e com sequência sobre os 7 tipos vibratórios, cujo quadro é dado pelos 7 metais alquímicos. É o que se poderá designar uma «terapêutica do terreno», global portanto e não analítica. Não se aconselha um metal mas todos, uma cor mas todas, uma nota musical mas uma sinfonia magistral de Mozart.
TRABALHAR COM O PÊNDULO: HARMONIZAR O BIORITMO
PERFIS VIBRATÓRIOS (ENERGÉTICOS)E TRATAMENTO ENDÓCRINO
+ 3 PONTOS
1/8/1993 - 1 - A observação de vários tipos ou perfis energéticos (biótipos) permite concluir algumas constantes que definem hoje o comportamento da maioria das pessoas, que se encontram doentes principalmente a nível cósmico - Alma e Espírito.
2 - O espectro electromagnético não esgota, como já se disse [ver
3 - Como se disse, no Trabalho com o pêndulo não se visa um tratamento específico, caso a caso, a este ou àquele órgão, contra este ou aquele sintoma, mas uma rearmonização do bioritmo, pelo que se deve trabalhar regularmente e com sequência sobre os 7 tipos vibratórios, cujo quadro é dado pelos 7 metais alquímicos. É o que se poderá designar uma «terapêutica do terreno», global portanto e não analítica. Não se aconselha um metal mas todos, uma cor mas todas, uma nota musical mas uma sinfonia magistral de Mozart.
A ALQUIMIA SEGUNDO E.J.HOLMYARD
93-07-13-bm> holmy-1> - exercício de emergência com holmyard – leituras de estudo
O CENÁRIO HERMÉTICO (*)
DA ALQUIMIA DAS PALAVRAS À ALQUIMIA DA VIDA: EXERCÍCIO COM E. J. HOLMYARD
+ 6 PONTOS
13/7/1993 - 1 - Ponto assente na história dos alquimistas é de que a lógica binária ou aristotélica foi gradual ou radicalmente substituída pela lógica analógica. Ou antes e bem vistas as coisas: a lógica analógica, de que emana a alquimia, precede a lógica aristotélica. E daí o obscuro, penumbroso período a que se chama «filosofia pré-socrática».
Ou seja: na lógica analógica, há sempre um sentido translato num discurso, cenário, objecto, símbolo apresentado. Nunca o sentido é literal. Cuidado, pois, com as analogias, terreno movediço onde se perde o pé. Sempre que se procuram analogias, cai-se, de facto, na facilidade: para Giambattista della Porta (1538-1615), por exemplo, animais como a girafa «criaturas gentis, de espírito subtil, com seus corpos esguios e longos pescoços, identificam-se com as substâncias etéreas e delicadas»...
2 - Nos textos de alquimia, há palavras que se vão tornando, por destilação, cada vez mais significativas e significantes. A «magia da palavra» e a «alquimia da palavra» são conhecidas dos literatos, particularmente dos surrealistas e de alguns poetas. O poeta também «destila» certas palavras, como o pintor destila motivos e cores. O sentido vai mutando, transmutando. Não é por acaso que todo o aproche exegético da Alquimia feito por Julius Evola (in «La Tradicion Hermética») se faz através da nomenclatura (Ver decantação, etc)
3 - É difícil ver na história dos alquimistas apenas uma actividade paralela à verdadeira alquimia interior. A questão que se coloca é esta: que ligação há entre o cenário montado por todas as histórias da alquimia - com fornos, atanores, destilarias, chumbo, pelicanos, alambiques, kerotakis, receptáculos, fornalhas, braseiros, frascos, tenazes, pás, caçarolas, lamparinas, retortas, hematites, provetas, funis - e a questão «energética» (vibratória) a que toda a alquimia deverá referir-se para ter algum sentido além do meramente folclórico, de mero incidente na história da química gloriosa?... O cenário externo do alquimista apenas como prova de paciência preparatória da iniciação ou alquimia interior do iniciando, é inverosímil.
4 - Algumas palavras em «acção» (sufixo de Informação), a «destilar» e «ampliar» por conceitos alargados, simbolismos, alegorias, transliterações sucessivas [ Ver decantação]:
- Amalgamação
- Calcinação
- Ceração
- Cristalização
- Destilação
- Dissolução
- Evaporação
- Filtragem ou filtracção
- Qualidades elementares ou naturezas
- Sublimação
5 - INTERFACES DA ALQUIMIA - As cores, tais como os animais míticos, (leão, urso, veado, avestruz, cameleopardo (girafa)), contam-se entre as «constantes» que devem ser notadas no cenário montado em todas as histórias de alquimistas. E, claro, a presença de símbolos zodiacais. A astrologia não se desliga da alquimia, a alquimia não se desliga da magia, a magia não se desliga da zoologia fantástica, a zoologia não se desliga da numerologia, e por aí adiante. Tudo se passa, pois, como se os textos alquimistas nos atirassem itens de informação só para nos baralhar: animais, árvores, contos, cores, curas mágicas ou miraculosas, estrelas, lendas, nascentes, números, pedras, planetas, plantas, quadrados mágicos. Tudo se passa como se uma lógica - ou espírito - não desvendada, presidisse a essa morfologia variada e desvairada. Como se, através dessa selva de signos que significam sempre outra coisa do que significam, como se pela variedade das formas, uma divindade nos punisse de não termos sabido conservar a Unidade Primordial perdida. Nos condenasse pela nossa incapacidade de discernir o uno universal, o Universo do diverso. Assim a história dos alquimistas se faz de histórias e mais histórias... Mas a história é sempre a mesma.
6 - A palavra «tradução», que muito se parece com transmutação, evoca uma certa acção alquímica e o trabalho de tradução tem, como sabem quantos se lhe dedicam, muito de subtil destilaria, de insistente decantação, de paciente alquimia. Na história dos alquimistas, sempre as palavras têm a palavra e os tradutores que empreenderam a translação dos textos árabes para as línguas europeias são uma fase típica desta história. E a lista de termos directamente adaptados do árabe anima-se: ( Ver Holmyard, pg.115)
-----
(*) As peças do cenário aparecem inventariadas na palavra glossário do dicionário ADN e foram colhidas na obra aqui comentada: «A Alquimia», de E. J. Holmyard , Colecção Pelicano, Editora Ulisseia, Lisboa, 1957
O CENÁRIO HERMÉTICO (*)
DA ALQUIMIA DAS PALAVRAS À ALQUIMIA DA VIDA: EXERCÍCIO COM E. J. HOLMYARD
+ 6 PONTOS
13/7/1993 - 1 - Ponto assente na história dos alquimistas é de que a lógica binária ou aristotélica foi gradual ou radicalmente substituída pela lógica analógica. Ou antes e bem vistas as coisas: a lógica analógica, de que emana a alquimia, precede a lógica aristotélica. E daí o obscuro, penumbroso período a que se chama «filosofia pré-socrática».
Ou seja: na lógica analógica, há sempre um sentido translato num discurso, cenário, objecto, símbolo apresentado. Nunca o sentido é literal. Cuidado, pois, com as analogias, terreno movediço onde se perde o pé. Sempre que se procuram analogias, cai-se, de facto, na facilidade: para Giambattista della Porta (1538-1615), por exemplo, animais como a girafa «criaturas gentis, de espírito subtil, com seus corpos esguios e longos pescoços, identificam-se com as substâncias etéreas e delicadas»...
2 - Nos textos de alquimia, há palavras que se vão tornando, por destilação, cada vez mais significativas e significantes. A «magia da palavra» e a «alquimia da palavra» são conhecidas dos literatos, particularmente dos surrealistas e de alguns poetas. O poeta também «destila» certas palavras, como o pintor destila motivos e cores. O sentido vai mutando, transmutando. Não é por acaso que todo o aproche exegético da Alquimia feito por Julius Evola (in «La Tradicion Hermética») se faz através da nomenclatura (Ver decantação, etc)
3 - É difícil ver na história dos alquimistas apenas uma actividade paralela à verdadeira alquimia interior. A questão que se coloca é esta: que ligação há entre o cenário montado por todas as histórias da alquimia - com fornos, atanores, destilarias, chumbo, pelicanos, alambiques, kerotakis, receptáculos, fornalhas, braseiros, frascos, tenazes, pás, caçarolas, lamparinas, retortas, hematites, provetas, funis - e a questão «energética» (vibratória) a que toda a alquimia deverá referir-se para ter algum sentido além do meramente folclórico, de mero incidente na história da química gloriosa?... O cenário externo do alquimista apenas como prova de paciência preparatória da iniciação ou alquimia interior do iniciando, é inverosímil.
4 - Algumas palavras em «acção» (sufixo de Informação), a «destilar» e «ampliar» por conceitos alargados, simbolismos, alegorias, transliterações sucessivas [ Ver decantação]:
- Amalgamação
- Calcinação
- Ceração
- Cristalização
- Destilação
- Dissolução
- Evaporação
- Filtragem ou filtracção
- Qualidades elementares ou naturezas
- Sublimação
5 - INTERFACES DA ALQUIMIA - As cores, tais como os animais míticos, (leão, urso, veado, avestruz, cameleopardo (girafa)), contam-se entre as «constantes» que devem ser notadas no cenário montado em todas as histórias de alquimistas. E, claro, a presença de símbolos zodiacais. A astrologia não se desliga da alquimia, a alquimia não se desliga da magia, a magia não se desliga da zoologia fantástica, a zoologia não se desliga da numerologia, e por aí adiante. Tudo se passa, pois, como se os textos alquimistas nos atirassem itens de informação só para nos baralhar: animais, árvores, contos, cores, curas mágicas ou miraculosas, estrelas, lendas, nascentes, números, pedras, planetas, plantas, quadrados mágicos. Tudo se passa como se uma lógica - ou espírito - não desvendada, presidisse a essa morfologia variada e desvairada. Como se, através dessa selva de signos que significam sempre outra coisa do que significam, como se pela variedade das formas, uma divindade nos punisse de não termos sabido conservar a Unidade Primordial perdida. Nos condenasse pela nossa incapacidade de discernir o uno universal, o Universo do diverso. Assim a história dos alquimistas se faz de histórias e mais histórias... Mas a história é sempre a mesma.
6 - A palavra «tradução», que muito se parece com transmutação, evoca uma certa acção alquímica e o trabalho de tradução tem, como sabem quantos se lhe dedicam, muito de subtil destilaria, de insistente decantação, de paciente alquimia. Na história dos alquimistas, sempre as palavras têm a palavra e os tradutores que empreenderam a translação dos textos árabes para as línguas europeias são uma fase típica desta história. E a lista de termos directamente adaptados do árabe anima-se: ( Ver Holmyard, pg.115)
-----
(*) As peças do cenário aparecem inventariadas na palavra glossário do dicionário ADN e foram colhidas na obra aqui comentada: «A Alquimia», de E. J. Holmyard , Colecção Pelicano, Editora Ulisseia, Lisboa, 1957
Marcadores:
FONTES 2013,
LEITURAS 2013
Assinar:
Postagens (Atom)