quinta-feira, 4 de novembro de 2010

RENÉ GUÉNON NA BIBLIOTECA DO GATO






A NOOGÉNESE DE GUY LONDECHAMP



7040 bytes-apdn-7>

ETAPAS DE EVOLUÇÃO DAS ENERGIAS MINERAIS

«O silício fez da Terra uma cópia do Cosmos» (Rudolfo Steiner)

«O mineral aparentemente inerte é de facto animado de movimento e de vida, mas a escalas que, por se situarem no infinitamente grande, escapam ao nosso entendimento situado no infinitamente pequeno.» (Guy Londechamp)

Lisboa, 10/11/1996 - Que as energias vivas possam desenvolver-se, crescer, ter princípio, meio e fim, ou seja, movimento no espaço e no tempo, é um dado adquirido e não constitui matéria de polémica.
Mas que as energias minerais possam também ter uma evolução, um processo de génese, desenvolvimento, maturidade e morte, já parece menos óbvio e suscita, à partida, grandes questões. Questões de índole especificamente noológica.
Vamos encontrar em Guy de Londechamp, no seu livro «Symphonie du Vivant», informações que abonam em defesa desta tese: os minerais têm, como os seres orgânicos, nascimento, crescimento e morte.
Ao falar em etapas de evolução das energias minerais, aponta as seguintes grandes fases:

1) Evolução no tempo:
a) Evolução horizontal, de maturação, através de ciclos planetários (exemplos: carvão, diamante )
b) Evolução vertical, transmutação a baixa energia (Kervran) que faz passar um elemento ou um corpo de um estado a outro.
Esta evolução vertical, teria, segundo Londechamp, como subalíneas:
- Transmutação a altas energias (exemplo: tecnologia moderna de fissão nuclear)
- Transmutação a baixas energias (exemplo: tecnologia moderna da fusão nuclear)
O binário Fissão/Fusão ilustra, segundo Londechamp, a romântica lei da atracção/repulsão, ou lei do Amor (como ele lhe chama) , ou lei da gravitação universal como lhe chamam os astrofísicos.
Fissão seria assim identificada com a repulsão - o ódio, a morte, a desintegração, a libertação de energia, a entropia
Fusão, pelo contrário, seria sinónimo de atracção, amor, levando a um nível de organização + elevado, mais complexo, a Neguentropia.
Resumindo a correspondência acabada de constatar:
Fissão = Entropia
Fusão = Neguentropia

Guy Londechamp, no mesmo capítulo - intitulado « O Mundo Mineral, Os Sistemas Cristalinos, as Cristalizações Sensíveis» - chama «Antroposofia» ao que em Noologia se poderá chamar Escalometria - ciência das grandes escalas -, ou, melhor ainda, Noogénese e Noosofia como uma das 12 ciências sagradas.
Da Noogénese derivam as 3 grandes linhas da evolução cósmica:
a) Cosmogénese
b) Antropogénese
c) Epigénese ( Neoformação e diferenciação progressiva de um organismo durante o desenvolvimento embrionário)
«Antroposofia» ou Filosofia do Homem é uma boa palavra, embora pertença, por legítimo direito, a Rudolfo Steiner, que a cunhou para designar o seu próprio sistema filosófico, dissidente da Sociedade Teosófica.
Segundo essa Antroposofia (ou escalometria steineriana) demarcam-se 3 grandes eras ou idades:
1) Idade do granito ou período silícico: acontece na separação da Terra e do Céu.
2) A Idade da Diversificação
3) A Idade dos Minerais e dos Metais

1) Idade do granito ou período silícico: acontece na separação da Terra e do Céu.
Relecionado com o microcosmos ou universo humano, sublinha-se a importância do silício (o elemento mais abundante da Natureza depois do Oxigénio) nas suas formas combinatórias com outros elementos:
- Silício + Alumínio + Magnésio = Mica e xistos
- Quartzo ou silício -> Cristais de rocha , ametista -> tecnologia moderna usa o quartzo na transmissão de informação
- Feldspatos -> minerais de solos férteis: cálcio, potássio, sódio, etc-> base nutricional do reino vegetal

2) A Idade da Diversificação , segundo os antropósofos, teria feito surgir:
- argilas-> base do reino vegetal
- calcários -> base do reino animal
- os sais -> base do reino humano
Menos sedutora que a Primeira Idade, ainda ligada às origens (Céu/Terra) - esta Segunda Idade é a da diversificação dos reinos, a Idade da Morfogénese Cósmica , em que Guy Londechamp não fala mas de que fala, por exemplo, Sheldrake e Etienne Guillé

3) A Terceira Idade seria a dos Minerais/Metais -> agentes (activos, estimulantes) da catálise biológica e da evolução.
Não é por acaso que os especialistas da pré-história classificam as eras segundo o metal dominante.
Os Metais e Minerais , como diz Guy Londechamp, baseado em Rudolfo Steiner, animam as formas segundo a qualidade da sua irradiação, expressão física sobre a Terra dos outros corpos celestes do nosso universo.
Metais e Minerais «incarnam na terra as forças e campos de consciência organizando o Cosmos» diz ainda Londechamp.
«Todas as frequências do nosso sistema solar - conclui gloriosamente Londechamp - estão contidas no corpo da Terra - sendo a única diferença expressa em termos de ...«oitavas».
Isto remete-nos para um dos quadros de correspondências energéticas mais significativos, ilustrando de maneira luminosa a lei da Analogia entre Macro e Microcosmos:
Cristalização metálica -> Planeta Análogo-> Sistema cristalino
Chumbo -> Saturno -> Sistema cúbico
Estanho -> Jupiter -> Sistema quadrático
Ferro -> Marte -> Ortorrômbico
Ouro -> Sal -> Sistema monoclínico
Cobre -> Vénus -> Sistema triclínico
Prata -> Lua -> Sistema Hexagonal

Os cristais são classificados de acordo com os elementos de simetria que apresentam: são 32 as categorias de cristais, tradicionalmente agrupadas em 7 sistemas.
Para quem tenha o gosto das coincidências numéricas, deverá parecer estranho que, sendo 7 os sistemas cristalográficos (ou cristalogénicos) , existam, no entanto, 8 classes de minerais /cristais... Mistério a pesquisar.

Esta parte teórica da cosmogénese serve a Londechamp para nos apresentar uma técnica muito concreta , uma aplicação prática dos grandes princípios e leis macrocósmicas ao universo humano, ou seja, ao microcosmos: é a técnicas das cristalizações sensíveis. ♥₪

A LENDA DO CONDE DE SAINT-GERMAIN


8704 bytes-apdn-5>
TIQUES DO CHAMADO ESOTERISMO NUM LIVRO IMPLACÁVEL (*)
Lisboa, 14/1/1997 - O uso da letra em vez do espírito tem manifestações caricatas nos discursos que enchem os livros de literatura dita esotérica e/ ou ocultista.
No campo da pseudo-Magia ( com os círculos mágicos, por exemplo) ou no campo da pseudo-Iniciação - 2 exemplos retirados do mesmo livro (*), essa espantosa porcaria que se chama «O Enigmático Conde de S. Germain» - ilustram bem até que ponto uma das doze ciências sagradas (a Magia) e a própria démarche iniciática (eixo estrutural de todas elas) sofreram um processo de decadência e perversão inimagináveis.
(Páginas 42 a 45)

A pseudo-lenda de Saint-Germain, que esse livro pretende relatar é, aliás, outro bom exemplo dos tratos de polé que a noção de Eternidade sofreu e a que extremos de ridículo se pode levar a ilusão reencarnacionista deste senhor conde que - diz e lenda e o livro repete - aprendeu a fabricar ouro e ainda hoje deve estar nos EUA, a gozar dos rendimentos.
Tudo isto associando sempre a figura do ilustre Conde à respeitável Ordem Rosa Cruz - com suas lojas e seus rituais, outro dos tiques a que temos de nos tornar mais ou menos insensíveis, porque há sempre um Adepto, com ar de Mestre, que nos vem prégar o que a sua (dele) Ordem dita e ordena.
Karma (fatalismo sado-masoquista que nunca falta em livros ditos esotéricos), Obediência, Autoridade, Prestígio do Mestre e Segredo interno da Ordem - são outros tantos ingredientes desta forma tão peculiar de impostura que hoje algumas ordens ditas iniciáticas assumem.
Se atingem o poder político-económico, então temos a imagem do verdadeiro Apocalipse.
Os tiques são truques quando, por exemplo, ao mito do Mestre (o Iluminado) se acrescenta a honra de ter nas fileiras da ordem um grande escritor (Fernando Pessoa), um grande pintor (Leonardo), um grande músico (Mozart) - honra que é explorada até à exaustão pelos respectivos propagandistas.
O tique do «segredo» - ligadíssimo ao do «mistério» - vem descrito de forma admirável nas páginas 60-66 deste livro admirável:
(Páginas 60 a 66)

Ainda hoje se diz que o «Segredo é a Alma do Negócio».
De facto, as castas de sacerdotes cedo perceberam que ter o saber é ter o poder e, antes que os universitários modernos o percebessem, organizaram a vida de forma a vender o saber o mais caro possível.
«Segredo» é, pois, a palavra-chave entre os que falam de iniciações e ordens iniciáticas. O Segredo, diz o povo, é a alma do negócio.
Patético o relato que de um «segredo» e sua transmissibilidade faz o patético livro que estamos comentando:
(Página 70 a79)

A miragem do Ouro nos laboratórios de pseudo-alquimia é outro dos tiques que não abandonam este livro patético - e seu relato de um lendário Conde Saint Gérmain.

APROVEITAMENTOS DA ENERGIA «MEMÓRIA»

E se a memória estivesse no ADN como de facto está?

«Memória dos séculos chamam alguns autores ao que podemos chamar «memórias ancestrais».
A questão das memórias tem um papel central em Noologia - pois é a palavra ao alcance da mão para designar o mais largo espectro de informações (energias) desde as mais remotas às mais recentes.
Para os filósofos do inconsciente, «memória» é a palavra-chave .
Mas é também para os psicólogos intelectualistas, restringindo-lhe o sentido à fixação ou retenção das informações mais recentes .
Memória aparece também na psicanálise de divã.
Ou no divã, homólogo, dos hipnoterapeutas.
«Memória» serve para designar um espectro tão vasto de energias que necessita de uma especificação.
Psicólogos mais ligados à vida emocional entendem que hão-de ir à «memória dos séculos» para explicar o fenómeno de intuição num cientista ou de genialidade de um músico.
Aproveitam a memória também os espíritos defensores do «transe mediúnico», uma vez que o medium «incarne» no espírito de um grande escritor. No caso do espírita brasileiro Divaldo Franco , que insiste em se considerar Victor Hugo, ele considera que pode traduzir o que esse espírito lhe dita.
Afinal ninguém postula que as memórias, todas as memórias, estão no ADN de nós todos e que fazê-las vir ao de cima é apenas uma questão de trabalhar todas as energias, desde as ancestrais (seculares) até às actuais.
Também se faz a ligação entre memória e «talentos» ou «dons» individuais.
Mas se as memórias estão no ADN da célula, não é necessária a hipótese de outras vidas. O que muda muita coisa em muitos textos que falam de ciências ocultas, para não dizer que muda tudo.
Que as «recordações de vidas passadas» é o que dá lugar à mais abundante e pitoresca literatura, não há dúvida.
Psicólogos da escola positivista detêm-se, muito circunspectos, a analisar esse fenómeno do «já vivido» que muitos se lembram de relatar , convencidos de que viveram e conviveram vida passadas.
O tema do «génio» é o preferido dos espíritas, que não hesitam em refinar a tese afirmando: «O génio não seria a consequência de uma simples predestinação, resultaria de uma sucessão de reencarnações e corresponderia a uma acumulação realizada no decurso de numerosas existências»
(pg 115 )

Penso haver aqui o equívoco subtil mas frequente de confundir
Imortalidade
com
Eternidade.
Este equívoco leva longe : o mito de que há «imortais» vivendo clandestinamente algures numa Agarta, algures no Tibete ou algures no Centro da Terra, ocorre em vários livros de literatura esotérica.
O mito da «longevidade» tal como o da «imortalidade» persegue a pobre humanidade mortal mas eterna, condenada à eternidade,
«O homem que se recorda sem interrupção das suas vidas sucessivas torna-se imortal ...Perde a sua Idade»: esta máxima rosa-cruz é reveladora; de facto, atingir os arquétipos , vibrar pedra filosofal , ter acesso ao duplo, à eternidade - tudo sinónimos - é a démarche iniciática que, em grande parte, consiste na ultrapassagem alquímica das tais memórias = energias inibitórias .
Sem o saberem, os Rosa Cruz enunciaram um grande e belo princípio da Noologia.

BRUXARIA , SUAS RELAÇÕES COM AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (JULES REGNAULT)

A proibição sexual é outro dos tiques muito frequentes na literatura esotérica, como se comprova ainda por este modelo de literatura esotérica que estamos comentando e que se chama «O Enigmático Conde de S. Germain».
Um ser excepcional deverá praticar a abstinência, o que noologicamente - à luz da Entropia - não é nenhuma asneira: basta pensar na entropia do orgasmo.
Mas associado ao tantrismo e mesmo ao vampirismo energético, de novo o discurso esotérico recai na quase obscenidade manipulatória.
(Pag 127-138)

«O mundo subterrâneo de S. Bonifácio e o rei do Mundo de Kirch Berger seriam na realidade o reino e o soberano da grande Loja Branca ou Agartha que em tibetano significa Agha, Grande Assembleia, «Ar» , espírito universal, «Ta» pureza integral
(pg 160).

Para os grandes mestres do Himalaia, a Agartha representa o zero místico entre os 22 templos que simbolizam os 22 arcanos de Hermes e as 22 letras do alfabeto sagrado. Esse zero místico é o Inencontrável.»
----
(*) «O Enigmático Conde de S. Germain », Pierre Ceria e François Ethuin, Ed. Minerva - Lisboa, 1970

CRISTO INICIADO



8192 bytes-apdn-4>
A CIÊNCIA DOS PRODÍGIOS (*)
Lisboa, 2/12/ 1996 - Os prodígios atribuídos a Cristo - multiplicação dos pães, transformar água em vinho, acalmar o mar, curar o leproso, dar vista ao cego, andar sobre o mar, etc - falam, aos crentes, de uma figura com dons excepcionais e, portanto, divinos.
Para o não crente mas (apenas) estudioso da ciência das energias (Noologia) , os prodígios de Cristo remetem-no para a escola iniciática onde aprendeu - os Essénios - e estes remetem-nos para a fonte hermética, os hierofantes egípcios.
Embora a propaganda pró-hinduísta, na sua tarefa de contra-informação permanente, tenha posto a circular que Cristo esteve na Índia - pretendendo insinuar que aprendeu lá os prodígios - a verdade é que Cristo esteve ligado aos essénios e é nos essénios que deveremos enquadrar a actividade de Cristo, nomeadamente a sua actividade sobrenatural ou milagreira.
Eduardo Schuré incluiu logo Cristo na sua galeria de «grandes iniciados» e, desde aí, a iniciação passou a ser coisa só para «grandes homens», «grandes mestres». A mitologia espalhou-se e continua mais instalada do que nunca.
No seio das ciências sagradas e no direito humano de acesso a elas, não faltam a contra-informação e os atrasos de vida.
Menos numerosos mas também bastante badalados, os prodígios de Moisés - transformar a bengala em serpente, separar as águas do Jordão, abrir uma fonte no deserto - apontam igualmente para a Magia egípcia dos hierofantes, onde sabemos que ele aprendeu.
Nada de mais. O seu a seu dono.
Se os hierofantes são, como tudo leva a crer, iniciados de 1ª linha - outros se podem enunciar:
Bramanes
Epidaurus (sacerdotes de)
Esculápios
Pitonisas
Peripatéticos
Sibilas

Na história de Portugal, tão pouco dada a prodígios, sublinham-se 3 casos «prodigiosos» :
a) Rainha Santa Isabel que faz brotar rosas do regaço
b) Sto António que préga aos peixes
c) E, é claro, Nossa Senhora de Fátima que aparece aos pastorinhos

Todos estes fenómenos, que os crentes não gostam de incluir na lenda e no mito, relevam , como se sabe, de uma das 12 ciências sagradas - a Magia - e provam 2 coisas:
a) A Magia sempre existiu
b) A Magia sofreu, como todas as outras 12 ciências sagradas, um processo de decadência e aviltamento
c) Dessa decadência é sinal patético tudo o que hoje se faz em matéria de exploração do maravilhoso, do prodigioso.
Dar ao maravilhoso o estatuto (outra vez) de ciência sagrada que já foi - eis o objectivo da Noologia e do Curso de Noologia.
Uma das imagens que correm entre os praticantes modernos de Reiki, é a de Cristo impondo as mãos a um doente.
Atrair as grandes figuras à nossa causa é sempre conveniente.
A imposição de mãos coloca alguns problemas e bom seria que fosse respeitada uma «ética» de procedimentos nesse domínio.
O problema filosófico mais interessante que ressalta no estudo dos prodígios é, de certo, a ambiguidade sobre a origem e natureza das energias que actuam no «milagre».
É então o momento de se ouvirem acusações mútuas: para uns, são obras de Deus (da Virgem Santíssima, do Santo António, etc) para outros são obras do Satanás.
De um ponto de vista neutro - o da Noologia - provavelmente são as duas coisas e dado que um dos postulados da Noologia - a existência de 2 cosmos - se verifica aí com particular nitidez.
Não é por acaso que uma das ciências auxiliares das 12 ciências sagradas é a Diabologia.
O fenómeno mágico caracteriza-se por uma estrutural ambiguidade que (lhe) advém exactamente da sua génese: 2 forças contrárias e complementares se encontram em jogo e o fenómeno só ocorre quando, verificada a lei da ressonância vibratória - momento, lugar, estado - a função emergente se lhe sucede.
Nos textos que relatam «prodígios», há palavras que aparecem com mais frequência e que podem corresponder a um maior ou menor conteúdo noológico. Compete ao estudioso decidir a percentagem de autenticidade que carregam consigo palavras tais como :
curador
curandeiro
cura extraordinária
cura milagrosa
cura magnética
fluido magnético
imposição de mãos
Impostores
magnetismo terrestre
respiração mágica
sugestão hipnótica
varinha mágica
Se é de prodígios hinduístas que nos falam, o cenário muda apenas um pouco (mas não muito) :
andar sobre estilhaços de vidro
balouçar-se com um gancho de ferro enterrado nos músculos das costas
dançar sobre carvões em brasa
Alguns destes prodígios são filmados por Arthur C. Clarke na sua série de 6 vídeos intitulados «Os Arquivos de Arthur C. Clarke», vídeos que, embora de medíocre qualidade, dão um panorama interessante de como um cientista se espanta perante os fenómenos espantosos que a ciência não compreende... e nunca quis compreender.
A «sugestão» é o cavalo de batalha mais largamente usado pela medicina ordinária contra as curas «espontâneas».
Ajudou muito a medicina , nesse propósito de desvalorizar a cura energética, o trabalho de um senhor médico famoso, Émile Coué, segundo o qual o que faz a cura é a imaginação (autosugestão) e a força do mental.
Daqui ao transe hipnótico manipulatório é um passo: o que faz do processo de Coué uma técnica pouco desejável à luz da Noologia.
Magneto-hipnótico
medium
radiação sideral
radiação telúrica
radiação cósmica
radão
sonambulismo:
Levou seu tempo para que a ciência ( medicina ) ordinária considerasse a palavra «electricidade». E todo o mundo rejubilou quando os ciberneticistas (Wiener, Fessard, Nagkler, Berger) , em combinação com Pavlov e os pavlovianos, tomaram o cérebro como rede de circuitos e sinais eléctricos incessantes.
Mais ou menos na mesma altura, a Psiquiatria, nazi-fascista como sempre foi, estava no auge dos «choques eléctricos». É então que surgem algumas palavras - chave da Noologia:
Circuitos de Ondas
Homeostase
Ondas bio-eléctricas
Impulsos (pulsações)

O autor de «Milagre e Fé na Cura»(*) relata várias peripécias no campo dos fenómenos «anormais» mas não entra na telenovela mais recente que se chama Parapsicologia.
No processo de sucessiva e consecutiva decadência sofrida pela Magia como ciência sagrada, a chamada «Parapsicologia Científica» consegue ir ainda mais longe nessa decadência. Mas também a «Psicologia Transpessoal» e a «Teoria do Caos» e outros surtos de brotoeja que a religião da ciência põe ao dispor das massas, ganhando com isso umas massas.
O menos que a Noologia poderá dizer destas proezas sobre prodígios é de que o reinado deles está a findar. Mas de que teremos ainda muitos anos que os aturar, também não restam dúvidas.
-----
(*) Dr. Fred Wachsmann - «Medicina e Fé na Cura - Estudo Clínico do Misterioso Poder dos Curadores» - Lisboa, 1953

JULIUS EVOLA NA BIBLIOTECA DO GATO




1491 caracteres- evola-1>

VALOR VIBRATÓRIO DO VELHO COSMOS

[23-7-1995] - Carregado de influência hinduísta, o discurso de Julius Evola, no livro «A Metafísica do Sexo» (editora Afrodite), desnuda muitas das constantes filosóficas e teológicas que têm condicionado o chamado esoterismo moderno (neo-esoterismo).
Nesse sentido, o léxico de Julius Evola é particularmente significativo do valor vibratório que se pode ou não pode atribuir à teologia hindu.
Teste-se e verifique-se.

Segue-se uma lista A a Z de apoio à memória:
Âsana
Bindu
Çakti
Chih Kuan
Dakinî
Dvandvâtîtâ
Hetera
Hieros Gamos (Elêusis)
Hsing = ser?
Idâ
Iogini
Kali yuga (idade escura)
Kuei
Kundalini
Misteriosofia
Ming = vida?
Mudra (gestos simbólicos evocativos)
Nut = Mait = Hathor (deusa que possui a chave da vida)
Opus Transformationes
Phalus
Pingalâ
Purusha (deus impassível)
Yakshinî
Shekinah (mística judaica)
Telos (Afrodite)
Vajradhara
Vajrayâna
Vîria
Wu Chi (estado sem dualidade)


Divindades femininas do tipo afrodisíaco do ciclo mediterrânico:
Afrodite
Anaîtis
Athagatia
Ishtar
Iunini
Mylitta

Frase (com inspiração de Novo Cosmos) de Julius Evola in «A Metafísica do Sexo»:
«A separação dos sexos não é senão um facto humano relativo exclusivamente ao ser humano decaído.»
Scoto Erigena, in Evola, 262

evola-ls> releituras do acaso


KUNDALINI? CENTRO DO UNIVERSO HUMANO?

[3-2-1992
] - Referindo-se à bionergia ou energia cósmica preconizada no yoga tântrico, o ensaísta italiano Julius Evola - um dos mais sérios divulgadores europeus da metafísica tântrica em especial e do budismo esotérico em geral - alude à «deusa presente no organismo humano sob a forma de uma força elementar a que se dá o nome «aquela que está enroscada» (é este o sentido da palavra kundalini).