quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A ORAÇÃO: MODELO DE AUTOTERAPIA



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24-11-1998

A ORAÇÃO: MODELO DE AUTOTERAPIA

Caso de iniciação «espontânea», obrigatório neste roteiro, é o de Santa Teresa de Jesus que, como tal, tem merecido estudos de eminentes personalidades universitárias, como é o caso do Prof. Carlos H. C. Silva, com a sua tese de doutoramento «Experiência Orante em Santa Teresa de Jesus», Edições Didaskalia, Lisboa, 1986.
O crasso materialismo da ciência académica, no entanto, tem insistido em incluir Santa Teresa no famoso «histerismo», categoria psiquiátrica que facilitou a Sigmund Freud (1856-1939) o pontapé de saída para as suas aventuras na psicanálise de divã.
A oração e Santa Teresa aparece, neste roteiro, como forma de iniciação espontânea, distinta das formas já indicadas por Vasques Homem:
- imposição de mãos
- magnetismo
- massagem
- exorcismo.
E distingue-se por uma característica que radicalmente a singulariza: é um acto individual, não implica a presença de um curador, curandeiro, doutor, médico, terapeuta, padre cura, psicanalista, guru, etc. É um trabalho de cada um com cada um.
A oração como autoterapia mereceu um estudo extraordinário interesse do cirurgião e fisiologista francês Alexis Carrel ( 1873-1944): «A Oração - Seu Poder e Efeitos» - Ed. Tavares Martins, Porto, 1945

Num tempo de total e completo assistanato - dependência subserviente do doente ao curador - quer na medicina académica quer na medicina que se diz natural - a valorização das autoterapias tem um valor pedagógico que não deve negligenciar-se.
A oração pode, em certo sentido, ser um vestígio de antigas e severas técnicas iniciáticas, perdidas na voragem de uma civilização que tem escravizado o ser humano a pretexto de o libertar. ■

CHARLES DE LAFFOREST: MECANISMOS DE AUTOREGULAÇÃO

forest-0-fv-at> sexta-feira, 11 de Outubro de 2002 – editar on line sem hesitação
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Devia ser merge de 4 files mas aparecem só dois, sem saber se os outros dois existiram alguma vez e se estão perdidos: de qualquer maneira é um texto razoável para a linha «baixas frequências» : a ver para confirmar o dossiê-livro «Leituras», já ordenado e encadernado

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Relendo Charles de Lafforest

MECANISMOS DE REACÇÃO E AUTOREGULAÇÃO DO SER HUMANO

1 - Ou há moralidade ou comem todos. Esta a questão que se levanta quando se aponta um dos mil factores ambientais, visíveis ou invisíveis, que interferem no comportamento do ser humano, que influenciam o seu estado de saúde ou de doença.
É evidente que Charles de Lafforest, no livro «As Casas que Matam», tem razão quando invoca as radiações perigosas de carácter geotelúrico. Ele nem precisava de ocupar mais de metade do livro a convencer os cépticos. O problema não é convencer os cépticos - eles que se desembrulhem - mas o de pecar por defeito. E apontar apenas um, quando são pelo menos mil e um os factores igualmente responsáveis por doenças mais ou menos graves.
Por outro lado, se apontamos as casas e esquecemos os outros ambientes - rua, local de trabalho, transportes públicos - que igualmente condicionam de maneira negativa o nosso (bem) estar, o diagnóstico fica manifestamente incompleto. E do que se trata, ao falar de geotelurismo, é de contribuir para um diagnóstico ambiental completo, ou seja, global.

2 - Sempre que falamos de ambiente e em causas ecológicas de um fenómeno, entramos na análise global dos sistemas. O funcionamento de um sistema caracteriza-se exactamente por uma simultaneidade e sincronicidade de fenómenos, simultaneidade essa que escapa à análise habitual de carácter linear. Ultrapassa a lei de causa-efeito, embora também esteja subordinado a ela. É uma quesão de método, como diria Sartre.
E a Radiestesia Alquímica tem, pelo menos, a grande virtude de ter tomado consciência desse problema fulcral. A dialéctica yin-yang foi um esforço meritório introduzido na cultura ocidental para pensar, para conseguir pensar o duplo contraditório. O que se fez com mais fracassos do que êxitos, diga-se de passagem.
Mas sempre foi um pouco além do que tantos séculos de racionalismo linear permitiram.
Mas mesmo a diléctica yin-yang é ainda reducionista, limitada, relativamente às exigências postas pelo confronto e inter-reacção das partes de um sistema e dos sistemas entre si. O grande problema para o Ocidente, do ponto de vista metodológico, foi a proposta sistémica e o desafio de um novo paradigma a que, à falta de melhor termo, se chamou holístico, repescada a palavra da Astrologia europeia medieval. Só que, «holístico», relativamente às exigências da Radiestesia Alquímica, é ainda reducionista e limitado, como Etienne Guillé tem ocasião de referir, no prefácio ao livro de Jean Noel Kerviel, «Les Énergies Vibratoires et L'Être Humain».
3 - Só há um recurso metodológico: é recorrer à listagem de inventário e procurar não excluir nenhum elemento, nenhum factor ambiental que intervenha de facto nas múltiplas e síncronas inter-reacções do ser humano. Quando se fala em interacção - inter-relação ou inter-reacção - dos sistemas, convém imaginar a metáfora das esferas infinitamente encaixadas, pois a complexidade de um sistema reside nessa metáfora. As interacções e o princípio da ressonância cósmica universal encontram aí a sua visualização.

4 - Entretanto, o livro de Lafforest fornece indicações interessantes para o trabalho da radiestesia Alquímica, ao primeiro nível vibratório - que é o das vibrações electromagnéticas - , devendo apenas ler-se com uma certa perspectiva crítica.
«Segundo Graff - escreve Lafforest, na pg 131 - as cores, do ultravioleta ao verde, são nocivas porque as suas radiações detêm a divisão celular. Pelo contrário, as radiações do amarelo ao vermelho têm um poder excitante e activam a vitalidada da célula.» (Lafforest, 131).
Desde que se abstraia da palavra «nocivo», há informações a reter daqui: existe uma diferença vibratória, de facto, entre certas cores do espectro, sem que umas tenham que ser necessariamente «negativas» e outras «positivas»: tudo depende daquilo em que vão aplicar-se.

5 - Diz Lafforest: «Quando uma corrente telúrica que forma um campo eléctrico horizontal à superfície do solo tropeça com um campo magnético integrado por irradiação cósmica que cai verticalmente, produz na vertical do ponto de cruz uma onda poderosíssima e em extremo perigosa.» É o que na RA se conhece por «nós de Hartmann».

6 - Informações de Lafforest sobre a relação entre energias vibratórias e cancro, assemelham-se, vagamente, a algumas teses da RA. É importante, por exemplo, para a Radiestesia Alquímica, a citação que Lafforest faz de Lakhovsky, autor que também aparece referido nos livros de Etienne Guillé. Diz Lakhovsky:
«Cancro é uma reacção do organismo contra uma modificação do seu equilíbrio vibratório, sob o efeito das radiações cósmicas, quer essas radiações aumentem quer diminuam de intensidade, ou de comprimento de onda, o equilíbrio vibratório das nossas células vê-se modificado. As radiações cósmicas que sulcam o éter são em parte captadas pelo solo, já que essas ondas penetram até profundidades muito apreciáveis. As condições desta absorção modificam mais ou menos o campo electromagnético dessas radiações na superfície do solo, o qual reemite uma nova radiação. Estas radiações modificam, pois, as condições de vida da célula viva que oscila nesses campos.» (G. Lakhovsky, in «Contribuição à Etiologia do Cancro.»)

7 - A propósito de «electromagnetismo» e seu papel no desenvolvimento do cancro, Lafforest anda próximo do que a Radiestesia Alquímica firma:
«O cancro - diz ele - deriva de um desequilíbrio das células devido a uma vibração que circunda o nosso organismo e também o ambiente em que vivemos. Cada célula está rodeada de um filamento nervoso cujas minúsculas ramificações regulam a vida celular. Estes filamentos nervosos podem comparar-se a uma antena de rádio: detectam e captam as vibrações do ambiente em que vivem e retransmitem-nas aos centros vitais da célula. Estas correntes captadas pelos centros nervosos das células podem ser benignas ou nocivas, segundo os ambientes e os factos. Se são benignas como o magnetismo, dão uma nova vitalidade à vida orgânica das células; mas se são nocivas como o telurismo, ocasionam transtorno na vida dos tecidos e das glândulas - o que pode derivar em uma proliferação anárquica das células.»
A linguagem de Lafforest revela os «preconceitos» que derivam de uma visão dualista: considerando nocivas as correntes (ondas, radiações, vibrações) do telurismo, estabelece uma discriminação que, na verdade, não existe.
As energias existem e são naturalmente «neutrais» relativamente aos efeitos que provocam ou deixam de provocam no ser humano: é na quantidade e não na qualidade das energias que reside a questão.
Ao ser humano - que vive de todas as energias existentes no Cosmos, pois de contrário não existiria - compete imunizar-se, como tem competido sempre, em relação a todas as energias do universo. Não se trata de andar a fugir das energias más mas de encontrar os mecanismos de reacção que permitam ao ser humano transmutar tudo o que faz parte do seu micro e macroambiente. É uma questão de «termostato», de mecanismos autoreguladores. É uma questão de alquimia. De Metabolismo, no sentido lato da palavra.

8 - Outras citações afins da RA e do electromagnetismo no livro de Lafforest:
«Cores visíveis: violeta, indigo, azul, verde, amarelo, laranja, vermelho
« Cores invisíveis: infravermelho, negro, verde negativo, branco, ultravioleta» (Lafforest, 131)
*
«Radiação Verde Negativo - a mais curta e mais potente do universo.» (Lafforest, 131-2)
*
«Está demonstrado que o campo eléctrico terrestre horizontal inverte a sua polaridade durante as duas horas que precedem a aurora. Este campo eléctrico é normalmente negativo. Ao converter-se em positivo, na aurora, amplifica a intensidade da nocividade.» (Lafforest, 61)

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RELENDO «CASAS QUE MATAN», DE CHARLES DE LAFFOREST
LÉXICO OCORRENTE A-Z

Átrios
Cavernas
Corrente eléctrica de 220 volts
Corrente eléctrica de 180 volts
Criptas
Doenças domiciliárias
Dólmenes
Electricidade estática
Enclaves florestais
Encruzilhadas de caminhos
Exame geofísico
Feng Chui
Física microvibratória
Grande simpático - regulador das funções vegetativas
Igrejas
Lugares malditos
Ondas abstractas
Ondas estacionárias das tomadas
Ondas de pensamento
Pirâmides
Radiação verde negativo
Recantos de jardins
Recantos de parques
Templos
Terrenos impermeáveis (argilas, margas, «cretas»)
Terrenos permeáveis dieléctricos ( areias, «gravas», grés)
Túmulos

RADIESTESIA E GEOTELURISMO NA BIBLIOTECA DO GATO






MEDICINA ALQUÍMICA: O CONTRIBUTO DE ARAÚJO FERREIRA



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24-11-1998

A MEDICINAS ALQUÍMICA: CONTRIBUTO DE ARAÚJO FERREIRA

Num livro que publicou, em 1975, escrito à máquina e copiografado, o saudoso Araújo Ferreira indicou uma pista de pesquisa que este roteiro se honra de apontar e seguir.
Num trabalho chamado «Energia Cósmica», Araújo Ferreira apresenta um conjunto de temas que a ciência académica ainda não assimilou nem assimilará tão cedo. Ou não assimilará nunca.
Imagine-se o que palavras como as que se seguem pode suscitar nas prevenidas cabeças dos especialistas, que vêem sempre o mundo com o olho de trás:
Ondas cósmicas
Pirâmide de Keops
Radiestesia
Ondas de forma
Casas assombradas
Zonas de cancro
Circuitos oscilantes
Amuletos
Fetiches
Oscilações
Vibrações
Energia biológica
Onas biológicas
Vibrações biológicas

Para se aventurar a escrever sobre temas tão «estranhos», Araújo Ferreira socorre-se de alguns nomes franceses: René Barthélemy, Marcel Violet, Ménétrier, Gabriel Bertrand, Léon Vannier e, claro, do incontornável génio que foi George Lachovsky.
Tem este texto um handicap insanável: está orientado no sentido de fazer a propaganda, na revista «Viver», que ele então dirigia, de um aparelho, o «Bio-Dynamics», criado pelo eng. francês Marcel Violet e que era suposto dever entrar no mercado português ao preço de 3.750$00.
Mas se havia um óbvio interesse comercial no assunto, a verdade é o que o tema da bionergia fascinava Araújo Ferreira como fascina qualquer espírito que navegue nas águas da Naturologia e queira ir além da vulgaridade positivista da ciência académica oficial.
Aliás, esse apelo da bionergia vinha do cultivo que Araújo Ferreira fez da Acupunctura.
Ele quis traduzir em termos ocidentais a sabedoria da bioenergética chinesa. Só que, para a ciência ocidental, há dificuldades insuperáveis para conseguir estabelecer uma Bioenergética. E são elas:
- o intrínseco e crasso materialismo de toda a ciência e de toda a sociedade ocidental
- a divisão e subdivisão das ciências que tornam não só impossível como herética qualquer tentativa de síntese holística ( síntese que é a própria definição de Bionergética)
- os preconceitos positivistas da ciência académica continuam a barrar qualquer caminho de abertura, no sentido quer macrocósmico quer microcósmico (ADN molecular)
- A ausência de uma cosmobiologia ocidental, enquanto a bioenergética chinesa se abebera numa fonte que tem mais de 10 mil anos de existência...

O MATERIALISMO OCIDENTAL

Aliás, a própria concepção do «Bio-Dynamics» - aparelho com que se pretendia «vitalizar» os alimentos e água de beber - já é, em si mesmo, resultado das limitações materialistas da ciência ordinária: a corrente eléctrica e os aparelhos que a utilizam, são uma parte - magnética e electromagnética - de todo o potencial vibratório e energético do ser humano.
Araújo Ferreira foi dos primeiros a utilizar acupunctura eléctrica e laser no seu consultório mas também foi dos primeiros a fazer algumas críticas a essa «limitação materialista» que contrariava o espírito e a natureza da medicina tradicional chinesa.
Quando Araújo Ferreira e Marcel Violet falam de bioenergia, estão a falar de energia electromagnética ou corpo físico. E o corpo físico é um dos 7 corpos energéticos que, segundo Rudolfo Steiner, constituem o potencial vibratório do ser humano.
Os aparelhos eléctricos (todos os aparelhos utilizados em medicina alopática e naturopática) limitam e aprisionam o potencial vibratório do ser humano nesse primeiro corpo físico, separando-o dos outros e mutilando assim o ser humano potencialmente composto de corpo, alma e espírito.
É como precursor da moderna cura alquímica ou iniciática que devemos apreciar Araújo Ferreira e não como aquele que se aproveita da obra feita.

DA BIOQUÍMICA À ALQUIMIA DA VIDA

Mesmo como produto comercial, não está provado que o «Bio-Dynamics» não tivesse todas as virtudes proclamadas de «vitalizar» água e alimentos...
Na descrição dos metais, iões e eléctrodos que intervêm no aparelho, Araújo Ferreira acerta em cheio e as suas informações continuarão a ter pertinácia para uma ciência médica que queira abrir-se à actividade electromagnética da célula e que da bioquímica possa dar finalmente o salto para a alquimia da vida.
O cobre - diz ele - é o mais importante dos metais catalíticos, com um papel insubstituível na formação da clorofila (plantas) e da hemoglobina do sangue.
O magnésio influi sobre o tónus geral, consolida o esqueleto e regula o metabolismo do cálcio.
Níquel e zinco são reguladores do sistema nervoso.
Silício actua nos tecidos conjuntivos e cicatriciais, pâncreas, baço, fígado, suprarenais, problemas cardio-vasculares, cancro, arterioesclerose.
Ouro e prata são antisépticos e em casos de doença bacteriana ou virótica.
Vanádio age sobre a mineralização dos ossos e dentes.
Cobalto age sobre o artritismo, a circulação, a anemia perniciosa e lesões neurológicas.
Dos metais por ele citados, três são metais alquímicos: Cobre, Ouro e Prata. Faltou-lhe só citar Mercúrio, Ferro, Chumbo e Estanho para que ficasse completo o plantel dos 7 metais alquímicos.
Talvez se considerem simplistas os termos em que Araújo Ferreira fala dos elementos catalíticos.
Talvez: mas esses pressupostos levaram às 7 correntes mais importantes da medicina moderna:
- Medicina do Terreno
- Medicina Ortomolecular (Linus Pauling)
- Medicina antroposófica (Rudolfo Steiner)
- Oligoterapia (Ménetrier)
- Gnose Vibratória e Alquimia da Vida (Etienne Guillé)
- Medicina metabólica
- Alquimia alimentar (Michio Kushi)
Se a medicina, quer alopática quer naturopática, ainda não leva a sério estes dados, o problema é da medicina (doente crónica incurável) e dos doentes tratados por ela.

AS 7 MEDICINAS ALQUÍMICAS

Em todas elas são protagonistas os iões metálicos, de que a Bioquímica fala acidentalmente...
O menosprezo por estas 7 terapias deve-se, afinal, a uma razão meramente comercial: toda a terapia que for radicalmente eficaz como são essas sete terapias de terreno, tende a desaparecer de cena porque não alimenta o negócio da doença que é o negócio dos hospitais, das vacinas, das farmácias, das escolas de medicina, enfim, a engrenagem da doença a que, paradoxal e pateticamente, se continua a chamar saúde.
Quer em Alopatia quer em Naturopatia, as técnicas que recuperam a saúde serão sempre minimizadas ou marginalizadas. Tudo o que diminuir o número de doentes e a dependência dos doentes, quer em relação à Alopatia, quer em relação à Naturopatia, será menosprezado e esquecido por uma e por outra .
O princípio da «água vitalizada» comercializada por Marcel Violet e apresentada por Araújo Ferreira, é simples mas lógico e eficaz. Provavelmente iria diminuir drasticamente o número de doentes nos consultórios...


Não é abuso verbal nem metáfora que a energia cósmica seja chamada para um processo onde apenas parece haver reacções químicas.
Como o trabalho de Rudolfo Steiner (no livro «Fisiologia Oculta») e a Gnose Vibratória ou Alquimia da Vida de Etienne Guillé mostraram e demonstraram, estamos em plena era da alquimia médica, em plena era da cura iniciática, por mais atrasos de vida que se interponham no caminho entre macro e microcosmos.
O desastre das actuais medicinas deve-se, precisamente, a que doutrinas erradas se tornaram rentáveis e lucrativas para o sistema médico-farmacêutico. E só o que produz doentes é, obviamente, lucrativo e não o que drasticamente as diminui.
Quando for possível desapertar este nó que estrangula as duas medicinas - alopática e naturopática - talvez o doente seja libertado da escravidão que continua a suportar e a pagar do seu bolso, pensando que é a segurança social que paga.

ECOLOGIA HUMANA E ALIMENTAR

Pista que desafia a pesquisa é a «água das trovoadas». Diz A. Ferreira:
«Em algumas regiões do mundo é normal o aproveitamento pelos camponeses da água das trovoadas. Esta água fertiliza e acelera o crescimento dos vegetais. Diversas observações confirmam (que) a existência de radiações cósmicas absorvidas pela água.»
Ao chamar a atenção para os factores adversos do ambiente externo que «desvitalizam» água e alimentos, A. Ferreira fornece mais uma pista que não tem sido, nem de longe nem de perto, assimiladas pelas duas medicinas, Quer alopática quer naturopática: a Ecologia Alimentar, capítulo da Ecologia Humana, que se saiba não é ainda dada nas escolas médicas.
A. Ferreira aponta:
- Frigorificação de alimentos
- Água canalizada com cloro
- Água engarrafada em matéria plástica
- Fibras sintéticas na roupa
- Agricultura química
- Empobrecimento dos alimentos em sais minerais e vitaminas
Não aponta, claro, o que veio posteriormente a 1975 e que são as modas alimentares mais recentes:
- Microondas
- Hamburgers
- Congelados
Segundo A. Ferreira, a desvirtuação começa na alimentação infantil:
- Água fervida e, portanto, desvitalizada
- Alimentos cozidos, pasteurizados ou conservados e/ou em embalagens metálicas
Para uma lista mais completa, ele poderia ter acrescentado outros factores que se têm acumulado no ambiente e, portanto, na água de beber e nos alimentos :
- Pesticidas
- Hormonas
- Antibióticos
- Metais pesados
- Adubos
- Aditivos alimentares
- Alimentos refinados
- Conserva
- Metil mercúrio

O SER HUMANO É O MELHOR APARELHO

Daria certamente muita satisfação ao Araújo Ferreira saber que, pela Gnose Vibratória (Étienne Guillé) é possível ao ser humano constituir-se em aparelho biodinamizador de tudo o que toque: seres vivos, água e alimentos.
Para quem conheça a Gnose Vibratória, é fácil transferir de um metal (ou de uma cor) a respectiva carga vibratória e transmiti-la a uma água, alimento ou ser vivo que precise, assim, de ser «dinamizado».
Porque - nunca esqueçamos aquilo que todos parecem esquecer - temos eléctrodos, iões e actividade eléctrica nos nossos 600 biliões de células. Somos, portanto, o aparelho mais perfeito jamais inventado.
Lá se ia o negócio do Bio-Dynamics» por água abaixo, o que - estamos certos - não incomodaria minimamente o Araújo Ferreira, mais interessado no ser humano do que nos negócios.

CONTRIBUTO PRECURSOR: DA OLIGOTERAPIA À MEDICINA ALQUÍMICA

Ao chegar à página 63 da obra que estamos citando, Araújo Ferreira deveria revelar finalmente o que verdadeiramente lhe importa.
Não é vender o produto mas chamar a atenção para uma figura de que foi um dos primeiros a pressentir a importância : Georges Lakhovsky «um dos primeiros - conforme sublinha - a pôr em evidência as relações entre radiações cósmicas e fenómenos vitais.»
Igualmente antológico e precursor das medicinas «alquímicas» como a oligoterapia, é o texto de Araújo Ferreira que apresentamos em Anexo deste trabalho.
Passando em revista os nomes de Gabriel Bertrand, Ménétrier e Léon Vannier, deixa um resumo da matéria médica verdadeiramente precioso num curso de Naturologia.
Para um aluno do 1º ano desta escola, que só no 2º ou 3º irá poder familiarizar-se com matérias tão importantes em naturologia como são as terapias alquímicas e vibratórias, é muito conveniente que estas sínteses holísticas lhe comecem, como bússola, a indicar o caminho.
Para que isto não seja um calvário de ciências particulares de onde a vida e o ser humano se encontram totalmente ausentes.
Sendo a Oligoterapia uma etapa decisiva na medicina metabólica, na medicina do terreno e na medicina ortomolecular, não podemos no entanto esquecer que ela é apenas um antecedente das duas medicinas alquímicas modernas :
- A Antroposofia
- A Gnose Vibratória■

FRED WACHSMANN: MILAGRE E FÉ NA CURA

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23-11-1998

Assinalamos com um asterisco (*) aqueles processos de cura que a experiência já credenciou como práticas cientifica e tecnicamente válidas.
Os «processos de cura» enunciados por Fred Vasques Homem no seu livro «Milagre e Fé na Cura» (Lisboa, 1953):
Acupunctura *
Osteopatia
Vertebroterapia
Espondiloterapia
Homeopatia *
Naturoterapia**
Quiroprática
Quiromancia
Pranoterapia
Reflexoterapia **
Radiestesia
Telestesia
Antroposofia **
Treino Autógeno
Ozonoterapia
Aeroionoterapia
Christian Science
Magnetismo
Espiritismo
Astrologia
Exorcismos
Health Practitioners ou Heilpraktiker (Práticos curadores) *
Fetichismo
Kneip *
Priessnitz *