terça-feira, 9 de novembro de 2010

DE VIRCHOW A LINUS PAULING







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DE VIRCHOW A LINUS PAULING PASSANDO PELO TAO E PELO NEI KING

Lisboa, 26/9/1997 - Quando Rudolfo Virchow, médico prussiano que foi também político, enunciou em 1858, na obra «Patologia Celular», o princípio de que «toda a doença tem na base uma perturbação da célula», estava com certeza longe de supor que um século não bastaria para que a lógica molecular se impusesse aos inteligentes da ciência em geral e aos superinteligentes da ciência médica em particular.
É mais um capítulo da secular luta pelo óbvio ululante.
Foi necessário chegar ao duplo prémio Nobel, o norte-americano Linus Pauling, para que a medicina orto-molecular fizesse carreira. E embora a lógica ortomolecular tenha pouco a ver com a medicina dos específicos que foi baptizada com esse nome, antes assim que pior.
Prémio Nobel da Química em 1954 e Prémio Nobel da Paz em 1962, Linus Pauling foi químico e biólogo, introduzindo a mecânica quântica na química atómica e estudando a estrutura das moléculas e das ligações químicas.
Estava em óptima posição para fazer a ponte entre todos estes desalinhos da ciência ordinária, em favor de uma síntese, mínima, mais humana e mais holística, que desse um quadro lógico das interinfluências disciplinares e das evidência óbvias que se impunham.
2 - Por trás disso tudo, a Alquimia tradicional, a primeira das 12 ciências sagradas, continuava muda e queda, porque a ciência ordinária a emudeceu.
Alguém viria, nos anos 70 e 80, a estabelecer também a ponte interdisciplinar entre várias disciplinas:
a) Mecânica quântica
b) Química
c) Bioquímica
d) Biologia molecular
e) Alquimia da célula
f) Alquimia da alma
Para esta última alínea - alquimia da alma - , contribuiu o trabalho de Carl Gustav Jung (1875-1961), o psicanalista suíço que soube libertar-se da camisa de forças da psiquiatria, da camisa de forças da psicanálise da líbido e avançar para o oceano profundo do inconsciente colectivo, base, reconhecida ou não, da psicologia hoje autocognominada transpessoal (Pierre Weil).
Mas a fonte principal de informação sobre alquimia da alma é o chamado «Livro dos Mortos Egípcio» ou «Livro da Abertura à Iluminação», que codifica as 9 almas onde a alquimia se processa.
Como nos informa qualquer ficha de enciclopédia, a originalidade de Carl Gustav Jung consistiu em introduzir, acima do inconsciente individual proposto por Freud, um inconsciente colectivo, estratificação das experiências milenares da humanidade, que se revela por meio de um pequeno número de temas preferenciais (arquétipos).
Se ainda está em discussão que o sonho, por exemplo, seja a linguagem do inconsciente colectivo, parece estar em vias de confirmação que o inconsciente colectivo da humanidade tem a sua sede no lugar mais óbvio e lógico: o ADN da célula, onde se diz que está inscrita, como num livro, a informação passada, presente e futura da espécie humana, de todas as espécies.
E tudo o que a psicologia estuda com o nome de instinto, reflexos condicionados, hábitos, memória, etc e a parapsicologia estuda sob o nome de intuição, vidência, premonição, telepatia, etc.
Também no ADN das outras espécies - e nem só da espécie humana - está inscrita a informação passada, presente e futura dessas espécies.
Esta tese de Étienne Guillé, biólogo molecular e matemático, abre-se para um quadro de memórias ancestrais, energias ou informações (memória = informação = energia) que podem detectar-se, analisar-se e administrar-se através do método da radiestesia holística, tal como a ensina Étienne Guillé.
3 - Com Hans Nieper, na Alemanha, o célebre médico que, no princípio dos anos 60, tratou John Foster Dulles de um cancro, e Joseph Levy em França, começou e falar-se em medicina eumetabólica, aparentada à medicina ortomolecular de Carl C. Pfeiffer, Pierre Gonthier e do grande pioneiro Linus Pauling.
Mas há quem lhe chame «medicina homotóxica», acentuando, com esta designação, o factor «desintoxicação» proposto como primeiro passo de uma cura radical ou, pelo menos, causal.
Ninguém se atreveu ainda a chamar-lhe o nome exacto: cura iniciática, objectivo de todas as medicinas sagradas tradicionais.
Há mais de um século, os neo-hipocráticos não disseram outra coisa:
a) primum, non nocere
b) secundo, desintoxicação, desintoxicação, desintoxicação.
Mas há milénios que a medicina taoísta do yin-yang, a que hoje se chama macrobiótica, não diz também outra coisa: há milénios que a cosmobiologia taoísta é uma medicina ortomolecular, vibratória e holística.
4 - A ciência química ainda mal assimilou o que aprendeu, enquanto a medicina tenta aprender e assimilar também a química através da bioquímica. Tudo em marcha lenta.
Hans Nieper, inspirado pelo prémio Nobel Hans Selye, decidiu procurar quais os sais de magnésio e de potássio mais susceptíveis de atravessar a membrana celular, a fim de penetrar no coração da célula.
Sucessivamente, foram estudados, com o mesmo objectivo:
a) Ácido 2 aminoetil fosfórico (EAP)
b) Ácido aspártico
c) Ácido orótico.
O ácido orótico, segundo Joseph Levy, é capaz de transportar os iões de magnésio e potássio até aos mitocôndrios, o que lhes confere uma eficácia máxima.
Seria interessante saber se os oligoelementos, sob forma catalítica, e os próprios alimentos sob a forma de ...alimentos (não industrializados) que contenham esses dois sais minerais - magnésio e potássio - não terão uma eficácia ainda maior... e não levarão a informação até aos mitocôndrios.
A medicina não sabe tratar uma descalcificação. Não sabe sequer que uma descalcificação é uma desmineralização. Não sabe portanto como tratar uma osteoporose da menopausa. Não sabe que o açúcar industrial é o desmineralizante (descalcificante...) Número 1.
Resta, portanto, saber se a melhor forma de levar a informação mineral aos mitocôndrios não será, por exemplo, o que Michio Kushi designou como «caldo dos vegetais doces» (Cebola + Couve Branca + Cenoura + Abóbora em destilação de 20 minutos).
Neste tempo e mundo, rejeita-se a simplicidade e talvez por isso tenhamos a tragédia de uma vida tão complicada e de uma saúde tão cara.
Se o caldo dos vegetais doces, com reforço de algas em abundância, consegue a mineralização total, equilibrada e completa, a medicina ortomolecular seria, de facto, a descoberta da pólvora.
As substâncias estudadas por Hans Nieper - aspartatos e orotatos - comportam-se como verdadeiros veículos capazes de transportar os minerais até lá onde o organismo tem necessidade deles; daí a sua designação «transportadores de minerais».
O ácido orótico, como explica Joseph Levy, é um produto natural presente no soro do leite.
Não se compreende - diz Levy - porque é que a legislação francesa pôs o ácido orótico e os orotatos no quadro das substâncias perigosas, criando um obstáculo à sua importação para as empresas especializadas em dietética.
O ácido aspártico foi estudado pelo francês Henry Laborit.
Mas nada disto a medicina sabe nem lhe convém saber. A ignorância continua a ser altamente lucrativa.
5 - Porque ainda há muita gente e perguntar o que é medicina do terreno e a perguntar se essa medicina tem algo a ver com a agricultura - cultura dos terrenos... - teremos que sublinhar, mais uma vez, o óbvio.
Medicina do terreno é a medicina do terreno orgânico e poderá ser sinónimo de medicina metabólica, de medicina trofoterápica, de medicina eumetabólica.
A medicina do terreno organiza-se à luz da lógica ortomolecular, enquanto a medicina ortomolecular, que entretanto surgiu e assim se autobaptizou, poderá ser um dos desenvolvimentos mais recentes da medicina do terreno, que remonta a três outras fontes:
a) Medicina neo-hipocrática
b) Oligoterapia
c) Alquimia alimentar.
Medicina holística será também um sinónimo possível de medicina do terreno, se se tomar holística não como o somatório de vária terapias mas como a síntese ou convergência ortomolecular de várias terapias físico-energéticas, desde o magnetismo até à floralterapia e à musicoterapia, passando pela fitoterapia, pela homeopatia e pela felinoterapia.
6 - À luz da lógica ortomolecular, sempre que se fala de metais, sais minerais e/ou oligoelementos - agentes vivos do processo metabólico - há um factor desde logo associado: o factor a que, de um modo geral, chamaremos vibratório ou iónico ou energético, assim discriminado e pormenorizado:
a) Magnético
b) Eléctrico
c) Electro-magnético
d) Electro-estático.
Mas além do corpo electromagnético, outros 6 corpos subtis precisam de «tratamento», pelo que a medicina total - holística no sentido exacto - deverá também considerar esses 6 corpos subtis, além do corpo magnético, os quais 6 corpos preenchem a área (quântica?) entre os 2 infinitos - grande e pequeno -, entre dois cosmos - macro e microcosmos - tal como Etienne Guillé estabeleceu.
Que saibamos, só o método de Étienne Guillé conduz a essa medicina total. O que existe hoje com a etiqueta de medicina vibratória ou medicina ondulatória ocupa-se unica e exclusivamente do corpo magnético, ou corpo eléctrico como outros autores lhe chamam, ou corpo electro-magnético.
Corpo a que as tradições compiladas pela Sociedade Teosófica chamam «corpo etérico».
O corpo magnético é, de facto, a base da pirâmide vibratória. Mas apenas a base.
7 - A ciência moderna conhece hoje oligolementos que a alquimia, porventura, desconhecia. Mas os metais conhecidos dos alquimistas, em correspondência com os 7 planetas do sistema solar, então também conhecidos, estabelecem uma espécie de matriz energética onde os restantes metais (descobertos e a descobrir) se poderão inserir.
O químico russo Dmitri Ivanovitch Mendeleiev (1834-1907) iria contribuir indirectamente para uma consciência ortomolecular, quando estabelecia , em 1869, a classificação periódica dos elementos químicos.
A alquimia da vida, a alquimia da célula, a alquimia alimentar, faz-se com todos os metais (descobertos e a descobrir) mas alguns são decisivos no processo: Enxofre e mercúrio (que dão nome às energias filosofais) e cobre, ouro, prata, estanho, chumbo e ferro que se identificam com os respectivos planetas do sistema solar.
O que a medicina ortomolecular viu e tentou solucionar, foi uma situação de bloqueio, causada pelos dois flagelos modernos deste tempo-e-mundo (imundo):
a) A poluição química (alimentar, medicamentosa, do ar, da água e dos solos);
b) O conflito entre o orgânico e a introdução no organismo (e portanto na célula) de elementos inorgânicos, regra geral metais pesados.
Em vez de se perceber que a medicina teria hoje que começar por ser ecológica (com um ecodiagnóstico operando a despistagem de mil e um factores adversos), preferiu-se tapar o sol com uma peneira e continuar agarrado à sintomatologia vigente.
Por isso foram surgindo como produtos específicos orientados para a terapia:
a) Sulfatos
b) Gluconatos
c) Orotatos
d) Aspartatos.
Mas tudo, na área dos «atos», está ainda em questão, embora a medicina dita ortomolecular já tenha avançado (e ao que parece com sucesso...) para a aplicação terapêutica de alguns.
O menos que se pode pedir é prudência máxima, em casos como este, onde há que saber tudo (e ainda se sabe pouco) sobre a acção fisiológica de:
a) Glutanatos
b) Quelatos
c) Orotatos
d) Aspartatos
e) Sulfatos.
Antes que a informação se perca num mar de informação, anote-se a definição enciclopédica de QUELATO: complexo químico formado a partir de um ligando polidentado e um ião metálico, formando um anel. Os quelatos são mais estáveis que os complexos unidentados correspondentes e são utilizados para reter iões metálicos, bem como em análise química e para separar metais.
Algumas substâncias bioquímicas, incluindo a clorofila e a hemoglobina, são quelatos.
Extrai-se desta notícia o dado fundamental para a consciência de uma lógica ortomolecular: os quelatos estão na fronteira entre o orgânico e o inorgânico, daí o seu papel decisivo em todo o processo metabólico ortomolecular, entre o que sai e o que entra na célula.
Como diria um senhor chamado La Palice.

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