quinta-feira, 25 de novembro de 2010
AQUÉM E ALÉM DE ÉTIENNE GUILLÉ: A VERTIGEM QUÂNTICA
nio-5 >adn> Leitura analítica de Paul Davis (*)
A VERTIGEM QUÂNTICA
Lisboa, 11/12/1994 - 1 - Tal como a palavra holístico, tal como a palavra ecológico e tal como a palavra sistémico, a palavra «quântico» tem uma imensa elasticidade, comprovando o seu grau de globalidade:
espuma quântica
gnose quântica
hipótese quântica
ideia quântica
lei quântica
mecânica quântica
mistério quântico
movimento quântico
paradigma quântico
revolução quântica
tecido quântico
vertigem quântica
Foi este século marcado pelos cientistas da microfísica e pelo debate em torno da ideia quântica. Por ordem alfabética:
Albert Einstein
Erwin Schrodinger
Heisenberg
Henri Becquerel
Max Planck
Moebius
Niels Bohr
Wolfgang Pauli
2 - Há quem se queixe de que os livros de Étienne Guillé são difíceis. E são, é verdade que são. Mas aos que assim se lastimam, para justificar um pouco a sua própria preguiça, eu costumo dizer que experimentem ler, então, um dos muitos livros que existem sobre a história das ideias científicas neste século que está a findar (e a afundar). Sobre a história da ideia quântica, publicaram-se dezenas de livros. Mesmo um dos mais acessíveis - «Outros Mundos» de Paul Davies (*) - o menos que se pode dizer é que é completamente ilegível. Porque a ideia, teoria ou mecânica quântica é, de facto, inacessível aos próprios especialistas (que, diga-se, nem entre si se entendem). Como se sabe, a ordem que se julgava presidir, desde Newton, à natureza da matéria, foi pulverizada pelo indeterminismo de Heisenberg e quando Einstein comprovou que o observador influenciava (alterava) a matéria observada, ele próprio não queria acreditar no que tinha acabado de descobrir. A história deste século - que é o século quântico - é uma história de consecutivos pontos de espantação e de bocas abertas por parte dos cientistas. Quase tocam Deus e sentem que o momento da verdade está a chegar. É aquilo a que chamo a «vertigem quântica». Só que Deus - tal como a Alma - não pode ser encontrado na ponta de um bisturi, não pode ser medido nem com telescópios nem com microscópios electrónicos, não há computador que o detecte, não há balança que o pese, não há raios x que o fotografe, não há fita métrica que o meça. O único aparelho apto a medir Deus é o ser humano. E naturalmente é para isso que o ser humano cá está: para ajudar a criação divina. Étienne, ao descobrir os sete metais alquímicos na heterocromatina do ADN da célula, fundava a demonstração geométrica e matemática de Deus.
3 - Comparando os livros de Étienne Guillé - que são, de facto, difíceis mas inteiramente inteligíveis - à caótica descoberta do Caos que foi todo este século de microfísica, de física subatómica, de «revolução» quântica, temos honestamente de reconhecer que, apesar de tudo e mesmo assim, temos a possibilidade de acesso a todo esse labirinto, através do pêndulo e do método rigoroso de radiestesia que Étienne Guillé criou e propõe. A hipótese de trabalho que proponho ao mundo científico é esta: Étienne, por outros meios, com outra nomenclatura, partindo de pressupostos diferentes da ciência estabelecida, e acima de tudo fazendo apelo às fontes da tradição sagrada, não só conseguiu expor o mais coerente e mais completo dos sistemas - a que podemos chamar sistema quântico - como igual e simultaneamente absorveu os outros dois paradigmas que igualmente marcaram este século de polémicas e inquietação: o paradigma ecológico e o paradigma holístico.
A Idade de Kali Yuga, a era zodiacal dos peixes, os 41 mil anos depois da Queda, levaram-nos à ciência analítica e sua pulverização atómica do global. Por isso se ouvem hoje os gritos de unir, unir, unir, religar, religar, religar. Mas por sua própria natureza, a ciência ordinária não religa, desliga. Não explica, complica. Não ama, odeia. Não liberta, oprime. Não esclarece, obscurece. Não avança, recua. Não progride, regride. Não unifica, divide. Etc. Por isso, a história das ideias científicas, neste século, é uma história de loucos: a ciência debate-se com os seus próprios paradoxos e não sabe como se desembaraçar deles. Tudo isto desemboca, recentemente, na teoria mais anedótica e patética da história da ciência: a teoria do Caos. Não contente em tê-lo criado, a ciência agora teoriza-o.
4 – Acontece que Étienne Guillé, colocando-se do lado da ciência estabelecida, resolveu, de maneira absolutamente genial, ultrapassar, uma a uma, todas estas contradições, incluindo a maior de todas que era o divórcio multimilenar entre Ser e Conhecer. Conhecer, nele, é ser e ser é conhecer. Por isso me atrevi a chamar ao seu método Gnose Vibratória. Mas nele também outras antinomias são superadas: o ter e o ser, a energia e a matéria, a informação e a acção. Para todos os mundos desavindos, ele propôs os interfaces. Imaginem como e com quê: com o interface de todos os interfaces: o Pêndulo, trabalhando essencialmente sobre dois espelhos do universo: a grelha personalizada e a grelha universal.
Com a grelha e o pêndulo, ele transmite ao ser humano a possibilidade de cada um rever toda a matéria dada desde o princípio do mundo. Ler a energia, ver o invisível, pegar na ponta da meada do infinito e da eternidade. Chamem-lhe mundo quântico, que ele não se importa. Chamem-lhe paradigma holístico, que ele aceita. Chamem-lhe ideia ecológica, que ele também não diz que não. Chamem-lhe análise sistémica, que ele vos dirá que é um dos métodos a que sistematicamente recorre (e que foi encontrar em Louis von Bertalanffy). (**)
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(*) «Outros Mundos», Paul Davies, Edições 70, Lisboa, 1987
(**) «Théorie Générale des Systèmes», Louis von Bertalanffy, Dunod, Paris, 1980
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