domingo, 10 de outubro de 2010

O ORGONE DE WILHELM REICH


1-2 - reich-1-ls>quinta-feira, 26 de Dezembro de 2002 noologia> da psicologia à naturologia - Leituras de Noologia Revisão:sexta-feira, 7 de Novembro de 2003

TEORIA DO ORGONE

A ENERGIA VIBRATÓRIA SEGUNDO WILHELM REICH

13/9/1997 - É vasto mas confuso o contributo de Wilhelm Reich para a Noologia aplicada e terapêutica.
Pioneiro isolado num mundo que já no seu tempo só tinha olhos para o visível, Wilhelm Reich viu-se em sérios apuros para se fazer entender com a teoria do orgone e pagou bem cara a ousadia de querer avançar no conhecimento das energias que a ciência ordinária não conhecia, não conhece nem conhecerá nunca, enquanto os instrumentos de análise e de medida das energias forem os que têm sido até agora.
Como não podia deixar de ser, foi também nesse domínio - o dos instrumentos de medida - que o fracasso de Wilhelm Reich foi maior. O seu «acumulador de Orgone» contava apenas com as energias físicas - com o corpo magnético, um dos sete corpos - por mais que ele, psicanalista, as assimilasse ao psíquico e por influência das místicas orientais, à «vida interior».
Mas as máquinas de medir energias ainda hoje fazem carreira e ainda há quem «acredite» numa «ciência» chamada Radiónica.
Só o salto de Etienne Guillé viria colocar no lugar certo a questão dos aparelhos em matéria de Noologia. Dando ao «ser humano» o centro do processo da Radiestesia, como faz o método de Etienne Guillé, já nem é o pêndulo o instrumento noológico por excelência, mas o ser humano.
Usando as duas mãos, pela primeira vez, na história da radiestesia - uma para o pêndulo e a outra para a estrutura testada - Etienne Guillé mostrou que o aparelho privilegiado - que o único aparelho - para analisar, detectar, medir energias cósmicas/subtis só podia ser o ser humano, mediador entre céu e terra, entre macro e microcosmos.
Com o pêndulo de radiestesia holística, o microcosmos completa o trabalho do macrocosmos.
À parte o previsível fracasso das suas máquinas - que funcionam apenas para o corpo magnético - Wilhelm Reich deixou intuições-chave para o avanço da Noologia no nosso tempo e para o conhecimento das componentes do continuum energético.
Usando 2 palavras-chave - oscilação e vibração - ambas figuradas pelo pêndulo de radiestesia, Wilhelm Reich distinguiu, por exemplo, entre:
a) Energia vibratória
b) Energia pulsativa.
Vinda da medicina tradicional chinesa, a energia pulsativa tem um papel fundamental no diagnóstico acupunctural mas dificilmente se pode encaixar nos esquemas das modernas terapias ocidentais - às quais falta a noção fulcral do princípio único, da dialéctica yin-yang e da energia Ki.
Depois de Wilhelm Reich, podemos compreender melhor que os 24 pulsos chineses revelam-se na zona dos pulsos mas correspondem a um ritmo cosmo-biológico, sendo uma forma de a energia vibratória se exprimir no suporte vibratório como diria Etienne Guillé, que identifica suporte vibratório com o ADN molecular da célula.
Uma outra intuição-chave na psicanálise de Wilhelm Reich, ainda hoje aproveitável em Noologia, é a da «couraça» caracterológica, em que ele tanto insistiu.
Lendo este «encouraçamento» à luz da alquimia da célula, ensinada por Etienne Guillé, compreende-se que:
a) por um lado, é a fase coagula da alquimia;
b) por outro lado, é a hipermaterialidade a que a era dos Peixes conduziu o ser humano;
c) e, por outro lado, é o extremo yang em que fala o princípio único dos taoístas.

Outro handicap no estudo realizado por Wilhelm Reich é a ligação às concepções freudianas da líbido. Chegou a dizer-se, por isso, que Hipócrates teria sido o precursor de Reich ao criar o termo de «histeria», ao fazer a relação entre as manifestações externas e a energia do útero.
Wilhelm Reich foi ainda buscar aos chineses o conhecimento das várias fontes energéticas:
a) Alimentação
b) Respiratória
c) Ancestral .
A orientação freudiana levou-o a hipertrofiar a importância da energia sexual a que Freud chamou líbido. Esta obsessão pela sexualidade, que a psicanálise tão bem soube explorar, é bastante encorajada, no nosso tempo, pelas doutrinas do tipo tântrico, em que se sabiamente se mascara a mesma obsessão com propósitos de sublimação mística.
Sublimação é mesmo a palavra crucial: não sabemos se foi a psicanálise que a foi buscar ao tantrismo, se foi o tantrismo que veio transmiti-la à psicanálise.
Em qualquer caso, líbido - sublimada ou por sublimar - é sempre um sinal do tempo, um sintoma da era materialista em que estivemos.
Mas talvez a pista de investigação mais estimulante de Wilhelm Reich seja a destrinça, por ele feita, entre:
a) Energia pós-matéria (Atómica / radioactiva)
b) Energia pré-matéria (Orgone/ Bions, na terminologia de W.R.)
Imaginando, como ele fez, uma oposição entre elas, talvez encontremos uma bifurcação de energias anterior, no tempo e no espaço, ao yin-yang, o que seria sem dúvida, uma descoberta de incríveis consequências.
As tentativas de demonstrar experimentalmente em laboratório essa oposição falharam, como era previsível, mais uma vez pela inadequação do aparelho utilizado para analisar energias de natureza diferente da natureza do aparelho.
Quer o prana dos hindus, quer o ki dos chineses, têm, evidentemente, afinidades com o Orgone e os Bions de Wilhelm Reich.
A ousadia de colocar esse ki, esse prana ou esse orgone, cronologicamente antes da matéria é que não se previa.
Esta hipótese, no entanto, pode pura e simplesmente vir a corroborar o estudo dos 2 cosmos realizado por Etiene Guillé.
Todo o trabalho terapêutico - e toda a cura iniciática - de facto, deverá ser uma luta entre o Cosmos I e o Cosmos II, entre o Espírito (antes da matéria, no tempo e no espaço) e a matéria .
Encaixa.

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