quarta-feira, 24 de março de 2010

DIÁLOGO COM OS ANJOS 1998

1-8- a-anjos> Revisão: sábado 1 de agosto de 1998 , 08:40:57diálogos platónicos notícias do maravilhoso

O MUNDO DOS ANJOS

ARTIGOT PERGUNTA E AC RESPONDE


PALAVRAS-CHAVE DESTE TEXTO:

CHANCE CÓSMICA
CIÊNCIA PROFANA
CÓDIGO GENÉTICO
CONTINUUM ENERGÉTICO
ENERGIAS SUBTIS
ETIENNE GUILLÉ
GNOSE VIBRATÓRIA
LABIRINTO DOS IDIOMAS
MILAGRE
MISTÉRIO
MOVIMENTO ALQUÍMICO
NOOLOGIA
POTENCIAL ENERGÉTICO
RUDOLFO STEINER:
SETE CORPOS SUBTIS

P. - A respeito de anjos e arcanjos, de que hoje tanto se fala nos grupos esotéricos: o que tem a ciência das energias a dizer sobre o assunto?
R. - Os anjos e arcanjos são uma nomenclatura das fontes tradicionais, nomeadamente hebraicas, que tem plena actualidade em termos de ciência noológica ou ciência do espírito. De facto, na escala hierárquica de valor vibratório, rigorosamente estabelecida pela radiestesia holística, os Anjos e Arcanjos ocupam dois níveis bem definidos, aquilo que, em termos de frequências vibratórias, se denomina com um número: N40 é o nível tradicionalmente atribuído aos Anjos e N48 é o nível atribuído aos arcanjos.

P. - Quer dizer que a Radiestesia Holística ou Gnose Vibratória designa com um número aquilo que tradicionalmente se designa por palavras?
R. - É isso. O número, em Gnose Vibratória, tem a função que a tradição kaballística lhe confere: distanciar-nos das nomenclaturas ( a babel das línguas) para utilizar a linguagem universal dos números. A linguagem que, em Gnose Vibratória, chamamos «linguagem vibratória de base molecular».
Note-se, por exemplo, a proliferante bibliografia que hoje se encontra escrita sobre anjos e arcanjos: ou seja, aquilo que em linguagem vibratória se designa com o número ( N40 e N48), ocupa centenas de páginas de mais ou menos boa literatura.
Toda a literatura esotérica e mística tem, no fundo, a mesma origem: perdida a palavra original (a linguagem que os animais falavam...), o discurso embrenha-se no labirinto dos idiomas (e portanto das traduções/traições) falando, no fundo, todos do mesmo mas com palavras diferentes.
O que complica o estudo da tradição primordial viva (em que fala o budismo tibetano) é exactamente o mesmo que tem atrapalhado o relacionamento e entendimento entre os seres inteligentes da Terra. Todas as tentativas, a nível humano, de estabelecer uma linguagem internacional (a que às vezes abusivamente se chama universal), têm falhado.
Esperemos que as pessoas descubram, com a Gnose Vibratória e a Radiestesia Holística, a linguagem vibratória de base molecular, forma universal de dialogar com tudo aquilo a que a ciência profana tem chamado «mistério» ou «milagre».

P. - Mas que hipóteses temos, no mundo actual, de recuperar a informação original sem equívocos de idiomas e de traduções?
R. - A Gnose Vibratória da Radiestesia Holística oferece essa oportunidade: não sei se haverá outras. Que eu saiba, não há. Em ciências do espírito, hoje, continuamos a viver na Torre de Babel que foi edificada há 41 mil anos e a que a Bíblia chama Queda.
A oportunidade oferecida hoje à humanidade é a de mergulhar na informação primordial, que aliás existe potencialmente gravada no ADN da célula viva. O que a Gnose Vibratória propõe é a descodificação dessa informação – passada presente e futura - que está implicitamente e potencialmente nos genes de todo o ser vivo.
Além da grelha dos metais, a radiestesia holística tem um outro instrumento de acesso a essa «linguagem vibratória de base molecular» que é a chamada «grelha universal» ou «grelha das letras».

P. - Voltando aos anjos: se um número chega para dizer tudo o que dezenas de livros dizem, significa isso que há literatura a mais à volta do sagrado?
R. - Sim, parece-me que há, de facto, muita literatura à volta do sagrado ou do que se toma como sagrado. Mas isso faz parte do nosso próprio sistema cultural que levou séculos (milénios) a acumular inoperâncias sobre tudo o que era essencial e fundamental nestas curtas dezenas de anos que temos para viver, existencialmente, entre duas eternidades.
Mas isso corresponde também a uma fase da evolução humana: as pessoas irão continuar a precisar de referências imagéticas (ao nível sensorial dos 5 sentidos) para nomear as energias cada vez mais subtis dos 7 corpos vibratórios.
E por isso recorrem ao «santo nome do anjo Gabriel», à Virgem Maria, a Cristo, a Jesus, à irmã Jacinta (pastorinha de Fátima) ou seja, às referências do sistema cultural em que se encontram mergulhadas.
Não vejo nenhum mal nisso, antes pelo contrário: é todo um ambiente poético e de uma grande suavidade e às vezes encanto. O curioso é que as energias subtis podem responder mesmo quando são invocadas com meios digamos «artesanais». E através de processos empíricos. E através de toda uma roupagem literária e metafórica de que a estesia sensorial ainda necessita como uma espécie de almofada da alma. Através, inclusive, da oração ou da meditação. Através do que se chama a fé.

P. - Mas que garantia de fiabilidade oferecem esses processos empíricos e artesanais?
R. - Uma pequena margem de fiabilidade, evidentemente. Mas também o pêndulo de radiestesia holística (o método mais fiável que hoje conhecemos) não tem uma fiabilidade de 100%. Para dialogar com as energias, aliás, não precisamos de ter 100% de fiabilidade. Basta 80 ou mesmo 50 por cento. Já é óptimo e já podemos fazer viagens ao mundo dos anjos e dos arcanjos...

P. - Afinal não rejeita a nomenclatura literária e mística?
R. - A Gnose Vibratória não rejeita nada, aceita tudo e selecciona o essencial, à luz de um exigente critério selectivo que lhe é dado por 3 instrumentos de trabalho indispensáveis ao rigor da informação:
a) A grelha dos metais estabelecida por Etienne Guillé
b) A hieraquia dos 7 corpos subtis estabelecida (de forma digamos quase definitiva) por Rudolfo Steiner, a quem se deve uma sistematização do imenso legado teosófico sobre esta matéria fundamental.
c) A grelha universal ou das letras (linguagem vibratória de base molecular)

P. - É assim tão importante?
R. - Quando se fala dos 7 corpos subtis, estamos a estabelecer as 7 grandes áreas em que se distinguem - graduada e hierarquicamente - as energias que ligam o macrocosmos ao microcosmos, o céu e a terra. Isto é de uma importância decisiva para sabermos em que escala do tempo e do espaço devemos trabalhar, se de facto queremos trabalhar naquilo a que abusivamente se tem chamado, através das épocas, o Espírito.
Saber que esses 7 corpos energéticos se hierarquizam desde N8 a N56 e que, de oitava em oitava, se vão nomeando N16, N24, N32, N40, N48 e N56, abre o infinito e a eternidade à nossa frente.

P. - Havemos de explicar mais em detalhe o que é esse N, o que são esses N, mas por agora tentemos explicar melhor a importância dessa escala hierárquica de valor vibratório.
R. - Se todos estes níveis são importantes e, principalmente, se todos dependem uns dos outros - desde a base da pirâmide ao topo da pirâmide - a primeira consequência deste todo ou continuum energético global é que nos relativiza as nossas ideias, o nosso comportamento, o nosso sentido do que é essencial e do que é acessório, em suma, as nossas prioridades em relação à vida mas principalmente em relação àquilo a que chamamos morte. Ao absoluto.

P. - Quer dizer que essa hierarquia nos confronta com o Absoluto?
R.- Absolutamente. O Absoluto tal como o Sagrado, tal como o Divino ( sempre a babel das nomenclaturas...) foi colocado, através dos tempos, num pedestal inacessível. São muitas as causas que levaram a essa «aristocratização» do sagrado, do absoluto, do divino. Uma delas, tem a ver com a criação de uma «elite» de sacerdotes (?) que monopolizaram o acesso ao sagrado, complicando tudo o que era simples, normal e natural.
Mas outra causa foi a última era zodiacal que vivemos - a Era dos Peixes - vibratoriamente pobre (paupérrima) e que enterrou - poderá dizer-se assim - o ser humano na matéria. Isto deu às castas religiosas e às elites a possibilidade de fazer subir o preço da «espiritualização», através da manipulação mais ou menos ritualística das almas.
Estamos ainda a viver os restos desse tempo, desse cosmos e dessa era zodiacal, mas tudo aponta para que a Era do Aquário (já instalada desde 26 de Agosto de 1983) venha acelerar o processo de transformação alquímica que a mudança de era, de cosmos e de programação cósmica implica.

P. - Antes de entrarmos na questão do Cosmos, em que é que a Gnose Vibratória nos ajuda a relativizar as coisas para nos aproximarmos do Absoluto?
R. - Estabelecendo a hierarquia dos 7 corpos energéticos (também chamados 7 níveis vibratórios de consciência ou 7 níveis de consciência vibratória), o pêndulo de Radiestesia Holística permite realizar todas as viagens de ida e volta nessa Internet cósmica. Podemos, com o pêndulo, navegar entre Céu e Terra, com a maior normalidade.

P. - E todos podem fazê-lo?
R. - Claro que podem. Se todos têm no ADN celular toda a informação potencial de que necessitamos para dialogar com o Cosmos (incluindo com os Anjos e Arcanjos), a Gnose Vibratória significa a «democratização» do sagrado. A desmitificação do Divino. A Gnose Vibratória é uma iniciação para todos, porque é um método e não um segredo guardado por uma casta.
P.- Significará então a ruína de todas classes e castas sacerdotais...
R. - Talvez. Alguma vez o ser humano havia de encontrar um caminho de libertação e proclamar a independência.

P.- A Radiestesia Holística seria então o grito do Ipiranga...
R. - Se lhe quiser chamar assim, não vou contra.

P. - Há quem acuse Etienne Guillé de ter colocado em mãos impróprias uma arma terrível de poder, com a sua Radiestesia Holística.
R. - Democratizar a iniciação, como faz a radiestesia holística, tem alguns riscos e alguns perigos. O do poder é um deles e talvez o maior. Mas é preciso dizer que esses riscos e perigos são empolados pelas tais castas ritualísticas (e algumas seitas) que visam «manipular consciências» mais do que «iniciar almas».
Os riscos da iniciação nada têm a ver com o que essas doutrinas proclamam. Os maiores riscos vêm dos falsos profetas que, a troco de dois dinheiros, fornecem a felicidade, o conforto e o bem-estar. Se a nossa escala de referência são os 7 corpos subtis, que temos de alimentar energeticamente, então a maior parte das escolas, grupo e gurus que hoje existem, estão prestando um mau serviço à comunidade, encurralando as pessoas num primeiro nível sensorial que é o das imagens, das vidências, das visualizações e reduzindo todo o infinito do espírito a esse primeiro nível sensorial a que ainda, por vezes, se chama mental.
O perigo que qualquer ser humano pode correr, com métodos de iniciação incorrectos, é perder a grande chance cósmica que lhe é dada de evoluir, ficando-se por formas equívocas de materialismo e sensorialismo.

P. - O mito do Diabo tem a ver com isso?
R. - É verdade que tem: a maior parte dos grupos e escolas que hoje falam de iniciação, apenas visam dar um conforto provisório, provavelmente ao nível do corpo magnético, conquistando assim adeptos e poder. É a atracção (magnética) de alguns desses processos que faz pensar no velho mito de que o diabo consegue sempre levar as almas com palavras doces, bonitas imagens e todo o rol de sensações agradáveis à vista, ao tacto, ao paladar, ao ouvido e ao olfacto.

P. - Então quer dizer que estamos condenados a «sofrer»?
R. - Antes pelo contrário. Superar a fase sensorial do nosso processo existencial é superar a dor, o sofrimento e os constrangimentos que temos, exactamente porque estamos na matéria e da matéria, consciente ou inconscientemente, não queremos fugir.
A transmutação alquímica - condição sine qua non de todo o processo iniciático e base de toda a pirâmide vibratória do ser humano - nunca pode ser uma fase de «conforto» e «bem estar» no sentido em que normalmente se entende.
A doença oferece essa oportunidade de evoluir e sem movimento alquímico da célula (a que a medicina chama metabolismo e as medicinas naturais chamam reacções curativas) nunca poderemos pôr termo ao nosso interminável sofrimento psicosomático.

P. - Quer dizer que continuaremos «doentes», enquanto não fizermos a transmutação alquímica de todas as nossas energias?
R. - No sentido lato, continuaremos doentes (e nesse caso talvez o terapeuta nos fale, não de doenças físicas, mas de doenças da alma, doenças kármicas, etc). Em sentido estrito, até poderemos dizer que estamos a passar melhor. Acho que aqui o Diabo tem uma palavra a dizer ao ouvido dos incautos...

P. - «Manipulação ritualística das almas» - disse antes. O que é isso?
R. - É o que, em grupos ou egrégoras, se apresenta hoje como panorama nas chamadas artes esotéricas. Em ciência do espírito ou Noologia, não há manipulação, nem parasitismo, nem chantagem emocional, nem vampirização energética. É a grande diferença entre a Gnose Vibratória e todas as escolas hoje no terreno.

P. - Infinito e Eternidade, em que falou antes, não serão termos demasiado vagos numa ciência que se considera de rigor?
R. - Antes pelo contrário, são noções inatas e tão básicas como as que nos orientam no nosso quotidiano, aquilo a que as psicologias vulgares chamam instinto.
Tudo em Noologia é transparente, sem os alçapões da ciência profana ordinária. Infinito e Eternidade é o não tempo e o não espaço, é o que fica, portanto, antes e depois, aquém e além do espectro energético da nossa incarnação entre Céu e Terra.
O espectro electromagnético, conhecido e estabelecido pela física vulgar , é apenas uma parte desse continuum energético que, por sua vez, é ainda apenas uma parte de todas as energias cósmicas aquém e além espaço, aquém e além tempo.

P. - Isso tem a ver com a tal hierarquia dos 7 corpos?
R. - Como é óbvio: se dentro destes três espectros apontados - o electromagnético, o continuum entre céu e terra e o continuum para lá do tempo e do espaço - nos ficarmos, muito contentes, pelo N8, que é o corpo físico, temos de concordar que estamos de facto a limitar demasiado a já limitada gaiola do nosso corpo físico.
O convite da radiestesia holística é que pensemos em grande, à nossa escala, à escala do nosso imenso e infinito potencial energético. É que sejamos ambiciosos com o nosso destino e com o destino que nos devemos dar a nós próprios. Por isso, propomos como rampa de lançamento esse quadro dos 7 corpos, o que não é nada mau para começar. Para nos iniciarmos, em sentido estrito e em sentido lato.

P.- Tem algum outro aspecto a sublinhar nesse quadro de que tanto fala?
R. - Há muitos, já que este quadro é todo um capítulo da Radiestesia Holística e da Gnose Vibratória. Mas, para já, lembremos três:
a) Note-se, por exemplo, que mesmo nas designações clássicas da teosofia - corpo físico, corpo etérico, corpo astral, corpo mental, corpo causal, alma espiritual e alma divina - há ainda 5 etapas em que a palavra «corpo» intervem (a significar que o corpo não é só o corpo físico) e que só nas 2 últimas etapas surge a palavra «alma»;
b) Voltando aos anjos e arcanjos, é de notar ainda que a própria nomenclatura teosófica atribui o anjo ao «corpo causal» e só o Arcanjo já entra na designação de alma, «alma espiritual» neste caso.
c) Este quadro da hierarquia dos 7 corpos vibratórios é ainda muito eloquente quanto ao potencial energético que estabelece para todos os seres vivos e também para uma primeira abordagem da polémica questão do corpo, da alma e do espírito.

P. - À luz do rigor científico que reclama para a Noologia, não lhe repugna essa clássica nomenclatura que as religiões banalizaram até à náusea?
R. - Se tivermos a base numérica da radiestesia holística, nenhuma nomenclatura tem que nos repugnar: quando a humanidade perdeu a capacidade de dialogar com as energias e portanto com a informação original dos deuses que essas energias veiculam, caiu na ignorância a que a Queda bíblica e a Torre de Babel fazem referência.
Tivemos e temos ainda hoje que lidar com o cáos da linguagem verbal. O facto de termos hoje a possibilidade kaballística de comunicar numerica e telepaticamente, não nos deve impedir de ser tolerantes para com as nomenclaturas e linguagens do passado.
Se virmos bem, os nomes dos deuses egípcios, por exemplo, são nomes de energias. Como são nomes de energias (de grandes agrupamentos de energias) as palavras «anjo» e «arcanjo» ou as palavras «corpo», «alma» e «espírito». Enquanto não aprendermos a linguagem dos números para substituir a linguagem das palavras, usemos essas nomenclaturas que, na maior parte dos casos, têm ainda uma aplicação muito precisa sobre o que queremos designar.

P. - Explique melhor.
R. - Sabemos, por exemplo, porque o pêndulo de radiestesia holística nos diz, que o «corpo astral» é o N24 e o «corpo causal» ou «anjo» é o N40, assim como o «arcanjo» ou «alma espiritual» é o N48.
Nada impede que eu nomeie essas energias com os nomes da tradição teosófica ou com os números da nova linguagem vibratória.
Só com dois considerandos:
- sempre que eu preferir a imagem sensorial, a palavra, até o gozo poético da metáfora, até a mística das belas palavras literárias, estou a deixar-me enfeitiçar por um apego mais aos meus 5 sentidos;
- a libertação do nível sensorial é extremamente facilitada pelo que, pessoalmente, costumo designar pelo «deserto dos números».
De resto, tudo bem: ninguém impede ninguém de gozar com a beleza em geral e a beleza das palavras em particular. Com uma pequeníssima remarca: nada disso tem a ver com a alma e muito menos com o espírito. Tem a ver com um dos corpos e com o mais rasteiro deles todos, que é o corpo físico.

P. - Quer dizer então que, para a Noologia, o esquema tripartido tradicional - Corpo/Alma/Espírito - faz sentido?
R. - Faz todo o sentido. Porque com a Gnose Vibratória vamos detectar grandes áreas energéticas a que tecnicamente Etienne Guillé chama «pirâmides vibratórias». Na capa de um dos seus 4 livros publicados - «L’Énergie des Pyramides et L’Homme» - figura o esquema dessas 4 pirâmides vibratórias - 1 pirâmide do corpo, 2 pirâmides da alma e 1 pirâmide do espírito. O facto de tudo isso ser traduzível em números não significa que haja a maior precisão em utilizar as palavras corpo, alma e espírito, que de facto, tecnicamente, corresponde à trilogia ou trindade (santíssima trindade...) da nossa incarnação.

P. - Não será abuso falar dessa «santíssima trindade» em ciência?
R - Abuso e abuso inqualificável, é não falar como faz a ciência vulgar. Os preconceitos que em relação a isso a ciência profana alimenta, não nos devem preocupar grande coisa: a ciência ladra e a caravana passa. O facto, por exemplo, de Etienne Guillé ter tido a coragem de, no meio universitário francês (um dos mais fechados do mundo), falar de corpo, alma e espírito no meio do seu discurso de Biólogo molecular e professor da Sorbonne, se lhe trouxe alguns e óbvios dissabores, não o impediu de continuar em frente e de criar o sistema de Noologia mais perfeito do universo depois da cosmobiologia taoísta. De facto, com a Gnose Vibratória e a radiestesia holística, podemos erguer todo o edifício da Cosmobiologia que está por edificar em termos de ciência ocidental. Para lá da ciência profana, suas venturas e desventuras, temos agora os dois grandes sistemas de sabedoria que irão fundamentar o advento da Nova Idade de Ouro.
E o que queremos nós mais, se ainda por cima temos o Novo Cosmos por nós e a Era Zodiacal do Aquário? A única observação nem sequer crítica que faço aos vários sistemas hoje no terreno é que nos estão a afastar desse paraíso com piruetas energéticas que não só abortam os destinos individuais como, acima de tudo, abortam o destino colectivo da humanidade. E, nesse caso, seria mesmo, em vez da Nova Idade de Ouro (que nos é dada de bandeja) a consumação de um apocalipse dos muitos hoje à escolha em catálogo: apocalipse químico, apocalipse ecológico, apocalipse climático, apocalipse nuclear, apocalipse financeiro (crash das bolsas), apocalipse biológico (invasão de novos vírus), etc.

P - A Gnose Vibratória tem alguma coisa a dizer sobre esses apocalipses?
R - Claro que tem: é mesmo o único método que oferece uma saída global e vertical desse atoleiro de apocalipses. Mas com tanta gente a distrair a malta do essencial, duvido bem que possamos chegar a tempo para a inauguração. A menos que...

P. - A menos que surja o tal «milagre» em que costuma falar. Que é isso de milagre?
R. - O milagre é possível sempre que, metodica ou espontaneamente, se sobe de nível vibratório. A fé em Fátima, por exemplo, pode originar esse movimento espontâneo. Deepak Chopra chama-lhe «cura quântica» e fala de vários casos de «remissão espontânea de cancros». É outro nome para o milagre. Em Gnose Vibratória apenas se defende que não seja esporádico e espontâneo esse momento mas que esse momento seja preparado por um método a que chamamos radiestesia holística. Subir na vertical dos 7 corpos energéticos é o mínimo que podemos esperar quando iniciamos a iniciação - o movimento alquímico - com o pêndulo de radiestesia holística.
E sem subida na vertical não há, como é óbvio, comunicação com os diversos níveis energéticos: e muito menos com os anjos e arcanjos. O que parece existir hoje muito difundido é um processo de auto-ilusão e de auto-sugestão que se confunde, muitas vezes, com essa intercomunicação. O que não deixa de ter alguns aspectos até certo ponto diabólicos...

P. - Se o esquema dos 7 corpos tem vantagens, a relativização em que falou é uma vantagem?
R. - No meu entender, acho que sim: relativizar os nossos múltiplos e grandes apegos ao sensorial, é permitir que nos possamos aproximar dos outros níveis. Sem essa ambição de subir, não pode haver progresso energético (espiritual). Mas a verdade é que tudo nos atrai para baixo, para os apegos: o budismo tibetano tem uma óptima expressão para designar esse equívoco: «materialismo espiritual». Mas a expressão «espiritualismo material» também assenta como uma luva na maior parte das escolas hoje no mercado.